quinta-feira, 30 de junho de 2016

Walther LGV-SPEZIAL vs Feinwerkbau FWB 150 vs Feinwerkbau FWB 300s

O meu amigo Zé das Armas comprou recentemente mais uma arma, a Walther LGV e como não tem cronógrafo pediu-me para para lhe medir a bichinha, eu como até nem gosto nada destas coisas não recusei, obviamente que não recusava e até lhe emprestava o aparelhometro se me tivesse pedido mas também não foram estes os primeiros tiros que dei com esta arma do Zé, até já a tinha experimentado, como tal não foi por este motivo que aceitei trazer a gaja pra casa.
Ora bem, com a arma em casa não resisti a um simples comparativo, daqui a uns dias espero fazer outro mais completo com o Amílcar Alho, com mais armas e com mais chumbos.
Para começo devo dizer que esta Walther LGV tal como as Fein. é uma das melhores armas de todos os tempos para competir em papel a 10m. Ao contrário das Fein. esta é uma arma de cano basculante e bascular o cano é coisa que se faz com muita leveza mesmo não sendo dos mais compridos (45cm), alias leveza é o seu apelido, pelo menos quando comparada com as outras duas (3,650Kg), a Walther é também a mais curta, tem 103 cm, menos 5cm que as duas FWB, a Fein. 150 pesa 4,550Kg, menos 300g que a sua irmã mais nova que parece até pesar um pouco mais. Estas foram sem dúvida as duas coisas que mais me agradaram mas como não há nada perfeito, ou pelo menos como não se consegue agradar a toda a gente, outras coisas houve que não me agradaram lá muito, o gatilho foi uma dessas, para mim a pior, pode até ser problema de afinação, quase de certeza que é mas ter apenas um estágio longo e ainda por cima não se perceber quando vai sair o tiro é pouco abonatório mas como a arma não é minha e o dono não se queixou não me meti em aventuras. A outra que não gostei mesmo nada foi a coronha, a coronha não, porque a pega match agarra-se bem e a mão fica bem posicionada apesar de menos ergonómica que a da sua concorrente Fein. 150 e muito idêntica à da Fein. 300 que tem para mim o melhor pistol grip das três, a altura da almofada é que achei exagerada, tenho de esmagar a cara contra a coronha para conseguir olhar pelo dioptro que se encontra na máxima elevação e mesmo assim não consigo ver a parte superior do túnel da massa de mira, isto quando se atira com a arma apoiada, porque se atirar de pé a posição varia ligeiramente e o problema fica resolvido, ou seja este é um não problema, pois a arma foi projetada para tiro de pé e não apoiada.
Esteticamente acho-a bonita e muito compacta talvez devido ao cano 5cm mais curto que o das Feinwerkbau mas a estética é das coisas mais discutíveis por isso não vale a apena grandes comentários, o que conta mesmo é a eficiência e essa está lá como já vamos ver.
Com estas três meninas atira-se de pé mas isso é para quem sabe, eu ando agora a dar os primeiros balázios assim e se fosse compará-las dessa forma não me parece que fosse tirar grandes conclusões, só me ia enxovalhar sem necessidade, como tal, resolvi apoiar as armas no meu amigo saco de arroz tanto nos tiros a 10m como nos tiros a 18m, a esta distancia a coisa não foi fácil, é que as pintas apesar de vermelhas são pequenas e veem-se com dificuldade, estes sistemas de mira estão pensados para pouco mais de metade da distancia como tal não se deve estranhar, só atirei a 18m porque quanto maior for a distancia melhor as armas nos demonstram a sua precisão.
Para este teste usei duas marcas e quatro modelos de chumbos, da RWS o Diabolo Basic e o "Mestylgnlsnbsflkjnb", qualquer coisa assim impronunciável e os Exact e Exact Express da JSB para a maior distancia e apenas com o auxilio de miras telescópicas. 
Neste comparativo, para além de comparar cano basculante com cano fixo interessa também comparar as duas armas de cano fixo, a Fein. 150 do ano de 1966 e a 300s evolução da sua irmã mais velha mas do ano de 1978, doze anos mais nova.
Como se vai poder ver, não se notaram resultados de relevância provavelmente por culpa do gajo que estava atrás das armas mas ao pegar e atirar com uma e outra começamos logo por notar o maior peso da 300s, depois ao acionar a alavanca da mais nova também se encontram diferenças, a 300s tem de se fazer um pouco mais de força para comprimir as molas devido ao facto de esta ser mais curta mas sendo mais curta nem por isso é mais desagradável de acionar e para retornar à posição de tiro após o municiamento basta empurrá-la ao passo que a alavanca maior da sua irmã mais velha necessita que se puxe a pequena patilha na extemidade ao mesmo tempo que se empurra a alavanca, conclusão, gosto mais da alavanca da 300s, leva-nos a um movimento de menor amplitude e acaba por ser mais fácil de encaixar.
Outras duas diferenças são também notórias entre as duas irmãs, o cano mais grosso da 300s é a primeira, 18mm contra os 14,5mm da 150, o comprimento de ambos "os dois" é o mesmo,50cm, depois na 300s para além do pequeno encaixe para o dioptro, existe também um carril de 11m para a instalação de outros tipos de aparelhos de pontaria, não é que nas outras duas não se possam instalar miras telescópicas mas na 300s a montagem monopeça que liga a arma às miras pôde agarrar a arma ao longo de todo o seu comprimento ao contrario das outras duas em que um dos quatro parafuso não pode ser totalmente apertado sob pena de criar offset nas miras. 
Ao disparar uma e outra nota-se outra diferença, as duas molas das 300s fazem-se ouvir muito mais que a da mana, ou seja chocalham muito comparativamente com a única mola da 150.
Os gatilhos, uiiii os gatilhos, o da 150 era o melhor que tinha puxado até hoje mas o da 300s está com metade do curso no primeiro estagio e com o mesmo peso de cáca do da 150, passou a ser a partir de agora a minha referencia em gatilhos, deixem me avisar que estou habituado a gatilhos como os Record das Weirhauch e os não muito diferentes da Air Arms, no que toca a gatilhos o da Walther é mesmo o horrível aqui do comparativo, não pelo peso, que até nem é pesado mas por ter um estágio apenas e muito, muito longo que com afinação só pode melhorar.  
Finalmente devo dizer que não foi possível utilizar a Leapers 4-16X40 AO IR na Walther devido ao tamanho da mira, por este motivo fui obrigado a recorrer a uma mira mais curta para poder bascular o cano, usei então uma Hawke 4-12X40 AO, os disparos com recurso a miras telescópicas foram feitos nos aumentos máximos das respetivas miras mas digo já que não se notaram grandes diferenças, nos 12X da Hawke que não ficam nada a dever aos 16X da Leapers.     
Com esta conversa toda estava a esquecer-me do motivo porque veio parar cá a casa a Walther, medir a velocidade e saber a potencia, ora bem então a coisa ficou assim, Walther LGV 8,8J e 179m/s, AVG 3,1m/s foi o que deu com o JSB Exact que é o standard para estas situações e que foi o chumbo utilizado também para o mesmo efeito nas duas outras armas, a Fein. 150 tá com 8,2J ao fazer uma velocidade de 173m/s com um AVG 4,8m/s, a sua irmã mais nova está com 8,2J e 173m/s o AVG é de 2,4m/s, achei o valor de velocidade da Fein. 150 um bocado baixo e o valor de average  um bocado alto o que não me deixou muito convencido, talvez por não ter aquecido bem a arma, as armas com anéis de compressão devem aquecer bem antes dos tiros a sério, tenho de repetir qualquer dia com a arma um pouco mais quente.
Para chegar a estas medidas tive obviamente de recorrer a um cronógrafo e efetuar 5 disparos com cada uma das armas para desta forma saber a velocidade média e assim calcular a potencia de cada arma.
Pronto, seguem-se as fotos e agora tirem as vossas conclusões que eu já tirei as minhas mas prefiro não revelar aqui, não é por nada, é apenas porque estas três são muito mas muito melhor que eu, logo, as minhas conclusões podem estar muito longe da verdade, por isso a melhor coisa é ficar caladinho e não dizer asneiras limitando-me a dizer apenas o que notei nas três.
Mas vamos às fotos que é o que a malta gosta mesmo.

 
A Feinwerkbau 150

 A Walther LGV

A Feinwerkbau 300s

 Os chumbos usados para o teste foram os que se seguem.
Fiquei com a sensação que a 10m não existe diferença de precisão que justifique a diferença de preço mas a distancias maiores o da lata amarela e preta leva vantagem sobre o Diabolo Basic

A Walther a 10m com o Diabolo Basic à esquerda e o "outro" à direita

 A Fein. 150 a 10m com o Diabolo Basic à esquerda e o "outro" à direita

A Fein. 300 a 10m com o RWS Diabolo Basic e o outro



 Alvo dos 18m com dioptro
na linha de cima a Fein. 150 e na de baixo a Walther
na coluna da esquerda o Meisterkugeln e na da direita o Diabolo.
Na foto seguinte o upgrade da Fein. 300s
Como se pode constatar pelas duas fotos que se seguem, as miras dióptricas são extremamente precisas e as pintas vermelhas a esta distancia não são nada fáceis de ver

A Fein.300s a 18m com projeteis Match


Para ter uma noção melhor da precisão, recorri a miras telescópicas

A LGV com a Hawke 4-12X40 AO

A Fein. 150 com a Leapers 4-16X40 AO IR

 A Fein. 300s com a Leapers 4-16X40 AO IR


Grupos com as três mas agora atiraram com recurso a Miras telescópicas
Não fizeram muito melhor que os melhores grupos com dioptro neste caso resolvi usar projeteis da marca Checa JSB nos modelos Exact e Exact Express, o primeiro de 0,54g e o segundo um pouco mais leve com 0,51g






Espero que tenham gostado, foi o que se pôde arranjar






















 


quarta-feira, 29 de junho de 2016

Porque se devem abrir as armas antes do primeiro tiro?

Como todos sabemos as armas são na sua maioria fabricadas em aço, o aço é um metal que oxida facilmente levando a um menor desempenho das mesmas como tal nada como estarem bem lubrificadinhas, esta é uma verdade de la palice.
Bem lubrificadas não significa demasiado lubrificadas nem com qualquer lubrificante, as massas têm características próprias que podem ser aplicadas de acordo com o componente da arma ou seja a massa que serve para lubrificar o piston e o seal, não tem de ser a mesma que lubrifica a mola por exemplo, para o seal do piston deve usar-se uma que resista a altas temperaturas para que se uma pequena parte passar para a câmara de compressão não provoque o tão indesejado efeito dieseling levando a um desgaste prematuro deste componente queimando-o e consequentemente levando á perda de potência, tiros com velocidades diferentes é o efeito imediato e que forçosamente vai alterar a curva balística, no lado da mola este fenómeno não acontece, logo o que se deseja é uma massa de alta aderência para que quando se dá o choque do piston no fundo da câmara esta não salte da mola e salpique todo o interior da ação, sujando aquilo tudo. 
A correta lubrificação é algo a que nem todos dão a devida importância e na maioria dos casos quando se compra uma arma de ar comprimido a primeira preocupação é regular os aparelhos de mira para dar ao gatilho.
Então mas se arma é nova porque é que nos devemos preocupar?
Simples, os fabricantes mesmo os que fabricam armas de marcas mais caras e de maior qualidade talvez para baixar custos de produção não perdem tempo nem dinheiro a lubrificar com as massas adequadas nem de forma correta, limitam-se a despejar massa consistente lá pra dentro e pronto, no interior do cano fazem o mesmo não com massas mas com óleo o que também não se deve fazer.
Até compreendo que as armas venham com óleo no interior do cano, nunca se sabe quanto tempo vão estar em armazém até chegarem ao dono, já a qualidade e quantidade de massa nos componentes é que me choca, depois dá no que veremos nas fotos que se seguem, aquilo fica uma verdadeira javardisse no interior ao fim de meia dúzia de tiros.
Meus amigos, quando comprarem uma arma, seja ela usada ou nova façam ou mandem fazer uma correta lubrificação, não só vão acertar mais como vão também poupar dinheiro e manter a potencia durante mais tempo e mais constante.
Para demonstrar esta lenga lenga toda que aqui tenho estado a despejar mostro dois exemplos que recentemente passaram pela minha bancada de sapateiro, duas excelentes armas que muitos usam para provas de ccart, uma Weihrauch HW35 e uma Slávia 631 que embora tenha acabamentos um pouco mais modestos que a germânica não deixa de ser uma das melhores armas de ar comprimido.
Weihrauch HW35

Limpeza da câmara de compressão

 Estado em que se encontrava o pistom

Mola antes do polimento

 Mola depois de polida onde se nota já algum empeno

 Piston depois de polido

 Vedante depois de pimpo

 A Slávia

A mesma estória


quinta-feira, 23 de junho de 2016

O Field Target Português é um hino ao desporto

Realizou-se este domingo 19/06/16 na Ota a última prova do campeonato português de Field Target e apesar de eu não poder participar ainda por não possuir a licença TAC, desloquei-me na mesma ao recinto no dia anterior para dar uma ajudinha a montar a prova e ficar assim a saber o trabalho que estas coisas dão a por de pé, por vezes é fácil criticar as organizações dos eventos sem saber bem o trabalho que os mesmos dão.
A prova estava a cargo do Clube de Tiro de Campo e com a ajuda dos associados praticantes desta modalidade foi possível numa manhã montar a pista mais a área de zeragem, cada porta penso que se pode chamar assim, tem 3 alvos a diferentes distancias, tamanhos e níveis de altura, a exceção é a última que apenas tem 2 alvos o que no total das 17 portas perfaz os 50 alvos.
As posições de tiro variam entre a livre que por norma é sentado numa almofada com a arma apoiada no joelho, as de pé e de joelho no chão, as armas variam entre as vulgares de mola com cano articulado, de mola com cano fixo e as de topo, as PCP.
Agora que já dei um lamiré a quem gosta de mandar uns balázios mas não conhece a modalidade vamos então ao que cada vez me está a apaixonar mais neste maravilhoso desporto.
Como disse anteriormente ainda não posso participar oficialmente mas lá vou treinando há já cerca de duas semanas, para já só assisti e agora começa a parte boa deste desporto, em Portugal os atletas não são assim tantos que não se conheçam todos, parece uma família, (a minha por exemplo é maior) mais, alguém conhece algum outro desporto onde se possa assistir ao mesmo tempo que se troca umas impressões com os atletas em prova? Não, não estou a falar de atletas de segundo ou terceiro plano, estou a falar de atletas de topo mundial, alguém conhece algum outro desporto de alta competição onde mesmo a disputar os lugar cimeiros os atletas sejam honestos e não se tente ganhar alguma vantagem iludindo ou enganando os outros adversários? Eu pelo menos não conheço.
Para contar o dialogo que comprova isto mesmo preciso dizer que neste desporto cada atirador quando está em prova tem sempre um outro que atira na mesma porta, primeiro atira um enquanto o outro assinala os acertos ou falhanços e depois trocam, o que estava a apontar os acertos vai atirar e o que estava a atirar vai apontar os acertos do adversário e controlar o tempo, sim porque existe um tempo limite para cada porta.   
Ora bem então o diálogo foi assim,
- É pá desculpa lá, esqueci-me de apontar os teus acertos.
- Então, falhei o 10 e acertei o 11 e o 12
- Ok.
Isto não tem nada de mais nem é um exemplo de fairplay se acontecer entre atletas sem ambição na tabela classificativa, acontece que este dialogo aconteceu entre os dois atletas que estavam a disputar o titulo nacional e dois dos melhores atiradores do mundo, um deles já com um titulo mundial no bolso, o que disse que falhou um tiro só falhou quatro dos cinquenta, era muito fácil ter dito que acertou todos, e para cumulo e mais curioso disto tudo é que no final desta última prova ficaram empatados no primeiro lugar do campeonato, sendo necessário recorrer aos regulamentos para decidir quem ficou em primeiro e se sagrou campeão nacional, mais curioso ainda, quem consultou os regulamentos ali mesmo no final da prova foi a mesma pessoa que deu os parabéns ao adversário pela conquista do titulo nacional, ou seja, o vice campeão foi o primeiro a parabenizar o bicampeão.
Ao assistir a isto fiquei a pensar, em que outro desporto não se estaria completamente atendo ao que o adversário estava a fazer? Em que outro desporto se confia na pontuação que o adversário nos transmite? Em que outro desporto não se tenta tirar algo ao adversário e acrescentar ao próprio?
Este simples e pequeníssimo diálogo revelou uma coisa muito, muito rara no desporto, fairplay no seu estado mais puro, o desporto no seu estado mais romantico. Um pequeno episodeo que me encheu o peito de orgulho no meu país, quero lá saber se Portugal é campeão europeu ou mundial de futebol sabendo eu e todos que no futebol desde o presidente ao roupeiro passando pelo atleta, todos tentam lixar o adversário ao máximo, por muito que eu goste de futebol, que goste de ciclismo na vertente de enduro, é isto que cativa e prende as pessoas ao desporto.
Caraças, isto nos dias que correm mexe c`um gajo. Nunca até hoje meti uma bandeira Portuguesa à janela enquanto decorria uma prova de futebol da nossa seleção mas de certeza que vou comprar uma para assistir ao campeonato do mundo de Fiel Target que se vai realizar em Portugal no próximo mês de agosto no meu país.  
 
Quatro dos melhores atiradores mundiais em meia dúzia de metros quadrados
Da esquerda para a direita, Luis Barreiros, Sérgio Rita, Vasco Rodrigues e Ana Pereira
 O Vasco a atirar e a Ana a registar
 A Ana a atirar e o Vasco a registar
 O Luís a atirar e o Sergio a registar 
 O Sergio a atirar e o Luís a registar
 Uma trincheira
 O cronógrafo entre as portas 10 e 11 para medir todas as armas em prova
 Porque nem só de armas vindas do espaço se pode praticar este desporto
Na foto uma Weihrauch HW50
 Air Arms TX200, mola com cano fixo



       

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Apenas 7J fazem isto a um chumbo

Agora que tenho uma menina para papel a 10m, confesso que tenho praticado e é engraçado ver o que os 7,1Joules da Fein. 150 fazem a um chumbo quando o dispara contra um bocado de aço que se encontra obviamente a 10m como é o caso dos círculos dos spiners.
Acredito contudo que os chumbos match sejam mais moles para reduzir ao máximo o efeito ricochete.
Neste caso o chumbo em questão é o RWS Diabolo Basic, não é grande coisa mas sempre é bem melhor que eu. 
 
O chumbo
 A arma
 O chumbo




segunda-feira, 6 de junho de 2016

Esclarecimento de um erro comum

Há uma ideia completamente errada que circula entre alguns atiradores, sejam eles atiradores de ar comprimido ou de armas de fogo.
A ideia consiste em achar que o projetil após abandonar o cano da carabina efetua uma trajetória ascendente ou seja, descreve uma parábola que ultrapassa a linha do cano cruzando essa linha duas vezes.
De facto na maioria das vezes o projetil ultrapassa a altura a que se encontra a extremidade do cano da arma para contrariar o efeito que a força da gravidade exerce em todos os corpos que se encontram à superficie do planeta Terra e assim conseguir atingir um alvo a uma determinada distancia.
Se um atirador apontar a arma para um ponto a baixo daquele em que se encontra o cano da arma o cano adota uma posição com desnível negativo, caso contrário o cano adotará sempre uma inclinação positiva levando a que o projetil ultrapasse a altura do cano mas nunca ultrapassando a linha do cano. 
Ao contrário do que alguns atiradores pensam de forma errada o projetil na realidade começa a cair assim que abandona o cano e essa queda é proporcional à perda de energia devido ao atrito do ar.
Para que se perceba melhor o que acabei de escrever deixo um vídeo que que explica perfeitamente o que alguns atiradores pensam de forma errada e o que de facto acontece com os projeteis.