segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Feinwerkbau 300s 8 Joules Parte ll

Depois do teste a 12J pretendo agora perceber se o aumento de potência afeta ou não a acurácia desta senhora de 43 anos.
No post anterior foram feitos grupos a 35 metros com vento muito ligeiro, no passado sábado o dia estava praticamente sem vento e com os mesmos atiradores mas desta vez não atirámos apenas a 35m e com o JSB Express, como a potência desceu 50% resolvi atirar também com o JSB RS, o preferido da Fein.  no seu estado original (8J), como os grupos a 35m correram bem decidi fazer também uns a 50m onde fica demonstrado que grupos de 25 milímetros a esta distância não é para todas, claro que a ausência de vento também contribuiu bastante ainda assim arrisco dizer que não são todas as PCPs que fazem isto, para ajudar à festa devo dizer também que tanto eu como o Marcos não somos propriamente snipers de elite ou seja, a Dona Fein. nas mãos de melhores atiradores os resultados evidentemente que seriam melhores.
A conclusão penso que não deixa a mínima margem para dúvidas ao comparar estes alvos com os do post anterior, a Feinwrkbau 300s é uma arma que impressiona pela extrema precisão mas tal como qualquer springer, quanto mais potência pior ou no caso concreto, melhorou ao perder potência, como queiram, o certo é que deitou por terra a teoria de que não perde precisão com potências até 12J, tudo bem que foram apenas 4J mas 4J nesta arma representa um acrescimo de 50%.
Outra coisa tenho de dizer é que esta arma não é propriamente leve o que me deixa de consciência tranquila quando há uns tempos fiz um teste a uma Diana 54 Air King e que me deixou desapontado com os resultados obtidos com uma Diana que tem um sistema recoiless similar e com fama de ser uma magnum precisa.  
São Sprigers como esta Feinewerkbau que me fazem ter o fraquinho que tenho por esta classe de armas, claro que nos países onde se pode caçar com ar comprimido é uma tentação ter uma magnum mas eu por cá prefiro as armas o mais preciso possível e se forem Springers tanto melhor.
Mas deixêmo-nos de conversa e embor lá ver os balázios.

JSB Express a 35 metros


JSB RS a 35 metros


JSB RS a 50 metros









quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Feinwerkbau 300s 12 Joules Parte l

Há muito tempo que andava com a curiosidade de ver o que vale a Fein. com um pouco mais de power, depois de umas pesquisas e de falar com pessoal entendido vim a saber que 12j é o limite de potência em que a arma não perde precisão nem danifica componentes.
Pus mãos à obra e lá meti a Fein. com os tais 12j. A primeira impressão não foi agradável visto estar habituado a uma alavanca que necessitava de pouco esforço para armar e com o acréscimo de 4j o esforço passou para o dobro, a pancada no fundo da câmara também passou a ser um pouco violenta, não penso deixar a arma assim por muito tempo, brevemente vai voltar para a potência original.
Feita a alteração nem foi preciso experimentar muitos chumbos, os JSB Express 4.52 agruparam logo bem a 18m depois foi só experimentar também os JSB RS com os quais também atirou muito bem.
Para este teste juntei a HW50 para ter um termo de comparação ao atirar com o mesmo chumbo aos mesmos 35m e desta forma satisfazer mais uma curiosidade ao comparando-as.
A 50 não estava ao seu melhor porque durante a semana quis melhora-la um pouco com um piston guiado, o problema é que ela não gostou e não vou agora esmiuçar o porquê, como tal tive de voltar à primeira fórmula e fazer o relube que ainda não tinha acamado quando fiz este teste.
Muitos até poderão dizer e bem que é uma comparação estúpida por serem armas que nada têm a ver uma com a outra, uma é cano fixo a outra não, uma tem sistema recoiless a outra não, uma pesa sem mira 4.2kg a outra menos 1.1kg.
Ok, são armas incomparáveis, vamos agora ver se fazem resultados muito diferentes.
Como disse anteriormente os alvos foram colocados a 35m e em ambos os casos os tiros foram feitos com a ajuda de miras telescópicas da mesma marca e com a mesma magnitude de 12X por ser o máximo que a Hawke Vantage 4-12X40 AO permite, na HW50 estava montada a que normalmente está, uma também Hawke Varmint 6-24X44 SF.
Para concluir quero dizer que não gosto de comparar armas com uma pessoa apenas a dispara-las, principalmente porque como tenho dito algumas vezes, a HW50 é de longe a minha arma preferida o que podia levar a aplicar-me mais com ela, por isso e porque é sempre melhor atirar na companhia de amigos, contei mais uma vez com a preciosa ajuda do Marcos.
Decidimos atirar sempre ao centro do alvo embora nenhuma estivesse perfeitamente zerada para a distância do alvo nem exatamente zerada em deriva mas como para o caso o que contava era o tamanho dos grupos decidi para agilizar a coisa zerar melhor a 50 depois do teste e esquecer o zero da Fein. uma vez que não vai ficar com esta configuração de mola. Atiramos ao centro sem qualquer tipo de preocupação com o vento e assim tentar perceber também até que ponto a diferença de potência poderia sofrer a influência do vento, nos alvos optei por medir o tamanho total do grupo desde a periferia dos tiros mais afastados e medir também a concentração do grupo excluindo os flyers por ser esta a medida que realmente importa para avaliar estas duas armas.
Vamos lá às fotos então para despachar isto, as conclusões ficam para os leitores tirarem e dizerem-me se quiserem o que acham.

Primeiros testes para escolher chumbo

Os atiradores


Os resultados






A HW50 à esquerda e a Fein. à direita

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Extreme Bench Rest Tuga

Já há algúm tempo que andava para fazer este ensaio mas ainda não tinha tido espaço, tempo, outras armas para comparar, outros calibres e um dia de muito pouco vento. Neste lindo dia de sol quase sem vento e com uma amena temperatura de 20°C foram usadas três armas, duas de cano fixo e uma de cano articulado, no cano fixo uma Weihrauch HW 97k em 5.5 e uma Gamo CFR IGT 4.5, no cano articulado uma Weihrauch HW50s 4.5.
Não quis ser apenas eu a atirar o que podia de alguma forma inquinar os resultados em função do meu estado de espírito e preferência por determinada arma, por isso nada como outro amigo para dar uma  ajudinha e assim adicionar mais credibilidade ao teste.
Se 50m já é uma distância bastante grande para uma carabina de ar comprimido 100m é um exagero mas é um exagero que realça e põe a nu muitas dúvidas e responde a algumas questões que nem sempre estão nem clarificadas na cabeça das pessoas onde eu me incluo
.
O cano fixo é sempre mais preciso que o articulado?

O chumbo 5.5 desvia sempre menos do que 4.5 com a influência do vento?

A magnitude da mira telescópica será decisiva para o sucesso do tiro?

Este teste penso que vai surpreender muita gente e se a uns vai esclarecer dúvidas, a outros irá certamente acentua-las, a mim cocretamente não me surpreendeu porque não tinha antes do teste resposta para a perguntas e por isso as procurei.
Obviamente que não é este teste realizado apenas uma vez que vai dar certezas absolutas mas para quem pensava tal como o Marcos, meu amigo e companheiro de teste que o cano fixo é sempre mais preciso que o cano articulado ou para mim que pensava que o calibre 5.5 por transportar mais energia resiste melhor ao vento, fica pelo menos a certeza de que não é bem assim ou, nem sempre será assim.

Curioso também foi perceber que pequenas diferenças de magnitude nos aparelhos de pontaria não são determinantes para o sucesso do tiro e por falar em magnitudes que o que mais me espantou foi que com 50X também significa que se veja melhor do que com 24X. Não não estou a falar de 50X baratos e 24X caros e com muita qualidade, estou a falar de uma big Nikko com 50 aumentos e de uma Hawke de 24X que custa um pouco menos de um terço da japonesa. Não sei se foi do ângulo do Sol ou por uma outra razão qualquer mas o facto que não foi constatado apenas por mim é que a 100m com a big Nikko com lente de 60mm e zoom no máximo não foi passível a três pessoas ver os pontos de impacto numa superfície branca e a Hawke Varmint com metade da magnitude e com lente de 44mm permitiu ver perfeitamente os furos, esta foi sem dúvida a minha grande surpresa do dia (é como diz o outro, estamos sempre a aprender).
Passemos então às habituais fotos e espero que gostem, espero também que não fiquem com água na boca é que realmente foi um belo dia de balázios.


As armas


Um atirador


Atirador com assistencia, lol


Outro atirador


O gajo a aplicar-se


A equipa depois de muito esforço


Continuávamos a restabelecer as energias 


As energias quase prontas a entrar nos atiradores


Finalmente os grupos que aconteceram antes da reposição das energias


Gamo CRF IGT 4,5 18j, 10 tiros (apenas aparecem 6 os outros eram demasiado timidos)
Chumbo JSB Cometa Exact 4,52 0.547g/8.44gr
Mira Hawke 3-9X50 AO atirou com 9X
A tirador A
Grupo 34 cm


Gamo CRF IGT 4,5
Atirador B
Grupo 36 cm


Weihrauch HW50s 4,5 15j, 10 tiros
Chumbo JSB Cometa Express 4,52 0.510g/7.87gr
Mira Hawke Varmint 6-24X44 SF atirou com 6X
Atirador A
Grupo 27 cm


Weihrauch HW50s 4,5
Atirador B
Grupo 14 cm
(Não sei se contei mal os chumbos ou se mandei um balázio prás couves, acho que deve ter sido mais a segunda hipótese)


Weihrauch HW97 k 5,5 21j, 10 tiros
Chumbo JSB Exact Jumbo 5,52 1.030g/15.89gr
Mira Leapers 4-16X40 AO atirou com 12X
Atirador A
Grupo 17 cm


Weihrauch HW97 k 5,5
Atirador B
Grupo 22 cm

domingo, 22 de outubro de 2017

Desconstrução de um mito

É muito vulgar ouvir alguns amigos dizer que querem meter uma mola mais forte na pressão de ar para aumentar a potência desta.
Hoje vou tentar desmistificar esta teoria errada em que muitos caem e que ao meterem a tal mola mais comprida mais não fazem que estar precisamente a reduzir a potência da sua arma. A única coisa que uma arma ganha com uma mola mais forte é imprecisão devido ao maior recuo e uma necessidade de maior esforço para a armar o que acaba por levar muita gente a pensar que ganhou potência mas que na verdade está apenas a fazer um esforço suplementar para uma potência inferior.

Não vou colocar fotos da arma aberta porque não iria mostrar nada de relevante, vou apenas mostrar fotos do cronógrafo a medir os tiros de cada vez que cortava uma volta na mola, sendo que a primeira foto é com a mola conforme chegou ou seja, antes de qualquer corte.
A mola neste caso concreto é uma Titan XS n° 1, a indicada segundo a marca para a Weihrauch HW 50, mola que no comprimento vem com mais 2 coils que a mola de origem de 16j. Obviamente que a diferença não está apenas no maior comprimento da Titan, as características do aço, a tempra e a secção do filamento também não são as mesmas mas a Titan n°1 conforme vem é certamente o tipo de mola que levaria muitos a julgar que faria a sua arma ficar mais potente.


1° leitura da velocidade do tiro antes de qualquer corte da mola

2° leitura da velocidade após corte de uma volta da mola

3° leitura após corte de uma segunda volta

4° leitura após corte de uma terceira volta

5° leitura após corte de uma quarta volta

6° leitura após corte de uma quinta volta

7° leitura da velocidade final após colocação da guia de mola vulgarmente conhecida por top hat.

Foto de todos os pedaços de mola cortados, sendo o mais à esquerda o primeiro é o mais à direita o último.

Talvez não seja esta a velocidade ideal para a arma em questão, a mais alta não é nem era também o que se pretendia, o que se pretende neste momento com este post é demonstrar que uma mola mais comprida em que se aplica mais força para bascular o cano não é decididamente sinónimo de mais potência, é isso sim sinónimo na maior parte dos casos de uma arma menos potente, mais difícil de bascular e menos precisa, apenas isso.
Espero que com este post tenha ficado demonstrado a quem o ler e que esteja a pensar meter uma mola mais forte, que pense sim duas vezes antes de o fazer.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Chumbos iguais de lotes diferentes





Os chumbos são todos JSB Exact de 8.44gr. Olho para eles e são iguais, para o caso não me interessa se têm melhor ou pior acabamento, se têm o peso mais ou menos uniforme, nada disso tive em conta nem sequer tentei saber, apenas abri as caixas, tirei o chumbo que meti no cano e pumba, no alvo. O que me interessa neste caso é perceber se chumbos de lotes diferentes agrupam de forma diferente.
Para tirar as duvidas usei duas armas que são da minha total confiança apesar do Exact não ser o preferido de nenhuma das duas. Não é o preferido da HW50 mas por norma com este chumbo agrupa melhor que desta vez, não me parece que os flyers tivessem sido culpa minha, o que me parece precisar de uma limpeza no cano, é que já há algum tempo que não é limpo, sei é que por norma agrupa melhor e pena mesmo foi o flyer com o Air Arms senão tinham entrado todos no mesmo furo, vá lá perceber-se.
Mas deixemos a 50 e vamos ao que interessa.
Para este teste usei a velhinha Feinwerkbau 300 e a Weihrauch 50 para fazer grupos de 5 tiros que penso ser suficiente, no caso da "Dona" Feinwerkbau parece que não se notou grande diferença, a arma é mais pesada, a mira também e para além do peso atirou com o dobro dos aumentos (24X), é também bem menos potente e como se não bastasse ainda tem o sistema recoiless, talvez por isso seja menos nervosa (sensível), a "menina" Weihrauch nota-se que é mais solta no momento do tiro, recua, salta e mostra que não é a melhor arma pra papel com os seus 15J daí a diferença nos agrupamentos.
Conclusões? 
Acho que não posso afirmar perentoriamente que chumbos da mesma marca e modelo mas de lotes diferentes agrupam de forma nitidamente diferente, pelo menos tomando este simples teste como exemplo que não é completo, gostava muito de ver em ambiente fechado se haverá diferenças maiores de trajetória na sua curva balística.
Ficam as habituais fotos para que cada um tire as suas conclusões, se é que se podem tirar conclusões.

                               A FWB 300s


A HW50S 

Estou a ver que tenho de testar mais a sério estes AA aqui na 50

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Weihrauch HW30 MK2




Já há  algum tempo que andava para comprar uma uma coisinha jeitosa "prá minha mai nova" que tem apenas dez aninhos e até gosta de mandar uns balázios.
Pensei numa Weihrauch HW30S, leve e fácil de bascular mas como os cobres não são muitos e como também não estava precionado, a filhota ia atirando de vez em quando com a HW50S apoiada no saco e desta forma lá ia fazendo uns brilharetes. Atirar com apoio no saco é uma coisa mas eu quero que aprenda ou pelo menos que experimente a atirar de pé e de mira aberta por isso acho que a HW30 é a arma ideal para o efeito.

Aqui podemos ver algumas cicatrizes na coronha

Como se pode ver nesta foto, o cano tem picos de ferrugem e a massa de mira completamente ferrugenta e mal acabada. Tudo bem que este é um modelo mais económico da 30 mas também não é preciso fazer esta autêntica javardisse que nem nas armas chinesas vem assim.


Andava eu nesta meditação há já uns meses quando me aparece no OLX uma HW30 MK2, (não é a HW30S) não parecia estar muito mal tratada, uns risquitos na madeira, uns picos de ferrugem e o preço mesmo a convidar para que com um bocadinho de conversa conseguisse chegar a um valor em conta, nunca tinha experimentado uma Weihrauch com o gatilho Perfect Trigge, logicamente que não pode ser igual ou melhor que o Record mas como já consegui pôr um gatilho Gamo muito à maneira este também devo conseguir melhorar-lo.
Segundo o dono, a arma foi-lhe oferecida pelo pai em 1999, uma arma já do séc. passado portanto.
O túnel da massa de mira é mesmo o ponto mais atacado pela ferrugem e não é como os atuais, em que se podem alterar os inserts, este tem apenas um e fixo mas este também não é dos componentes mais importantes e se não gostar sempre tenho o da HW50 que está numa caixa só a encher, dou mais importância à alça de mira e essa sim é igual às mais recentes.
Avaliados os prós e os contras em que fiz por esquecer o pouco cuidado que tiveram com a arma, avancei para a compra, uma Weihrauch é sempre uma Weihrauch, no cano e no gatilho era onde incidia a minha apreensão, no cano porque nunca se sabe se não possa ter algum empenho e no gatilho porque este não o conheço, caso seja muito mau posso sempre meter um Record só fico sem a segurança o que também não é muito grave.

Foto da segurança que neste caso até é mais prática do que na versão do gatilho Record

* (Tudo que vão ler sobre o gatilho é completamente verdade mas o final teve Upgrade que deve ser lido).


Assim que cheguei dei um tirinho e olha...
O Perfect Trigger de perfeito não tem nada, direi mesmo que é uma bela merda, tive mesmo de o abrir mas não sem fazer primeiro uns grupos para perceber em que estado se encontrava, constatei que a arma é de facto muito leve e também muito leve a bascular e o mais importante de tudo, agrupa bem embora nada de extraordinário, não com todos os chumbos, para dizer a verdade ao contrário da HW50 que gosta de tudo o que seja de boa qualidade, esta é um bocadinho esquisita, para já gosta do JSB RS e do RWS Superdome, falta testar ainda muitos chumbos mas para já fico contente por ter gostado do JSB RS.

As entranhas todas à vista

Nesta foto é possível ver a raspagem que o braço de armar provoca na ação já acontece neste modelo há alguns anos, felizmente o problema nos dias de hoje está resolvido.
Esta era também uma das minhas curiosidades quando a comprei mas parece que já raspou tudo o que tinha a raspar e agora não se sente já nada ao bascular.

Foto mais aproximada do dano provocado pelo defeito de construção, inadmissível numa marca destas.

Nesta foto vê-se o pino do lado direito da soldadura que mantém o braço de armar paralelo à ação, sem retirar este pino não é possível desencaixar o braço da ação e do piston, no modelo atual este pino foi substituído por uma mola de lâmina que apenas empurra o braço contra a ação permitindo que estes tenha alguma oscilação.


Esventrei a bichinha completamente para ver em que estado se encontra e para surpresa minha a bucha ainda se encontra em muito bom estado, ótima para a minha menina mandar uns balázios numas tampas de garrafa.
Metidos os pozinhos do costume , vamos então ao bico d'obra, o gatilho, cá fora não é muito diferente de um Record excetuando a tecla que imediatamente salta à vista, a grande diferença está mesmo no interior que também não é bem como o boneco que encontrei durante as pesquisas, é bem diferente penso que o boneco seja de um outro "Perfect" não sei é se mais recente penso contudo que este meu tenha maior potencial para tentar umas experiências, seja como for, o "Perfect" pelos vistos não foi sempre igual e ao que parece já sofreu uma evolução.
Ok, abri o gatilho, poli com lixa 600 todos os contactos onde acrescentei também um pouco de lubrificante, não é só o mecanismo que é merdoso ainda que dando semelhanças ao Record, a maquinagem é idêntica ao mecanismo. Tratamento dado, a expectativa era enorme e lá fiz o (des)gosto ao dedo, o gatilho continua muito mau apesar de ter melhorado um pouco, para já não há mais nada a fazer, lembrei-me então cortar duas voltas à mola, de certeza que não ia perder muita potência, nem sabia mesmo se iria perder potência tal é o preload que a mola tem e sempre podia retirar alguma duresa ao gatilho e recuo à arma, voltei a abrir e lá cortei a mola mas o raio do gatilho praticamente na mesma.

Aqui está o bonequinho que supostamente é de um Perfect Trigger mas que como já vamos ver é diferente.

À esquerda o Perfect e à direita o Record com um desenho que tem muito pouco em comum com este MK2.

Visto assim até nem parece muito diferente do Record.

 A vantagem deste face ao Record, se é que se pode dizer que este tenha alguma vantagem, é que para polir todos os contactos não precisa de se desmontar completamente .
Vista do lado inverso relativamente à foto de cima é fácil constatar que o esquema mais a cima não tem esta peça em L embora aqui esteja virado do lado oposto.

Polimento da parte que contacta com a lâmina do gatilho mas houve mais pontos polidos.

Como disse, parece que não há mais nada a fazer mas como eu sou um bocado teimoso, acho que ainda vou fazer um trabalho em grande e pôr este mesmo mecanismo a funcionar decentemente, tenho é de fazer uma nova peça em L com a base mais comprida para ter maior efeito alavanca e uma tecla de gatilho com um contacto com menor atrito,  aproveito e faço logo mais recuada para desta forma ficar mais confortável numa mão pequena.
Passado o pesadelo do gatilho fiz uma nova descoberta que me deixou danado, ao abrir uma da caixas de chumbos que veio com a arma dei de caras com isto.

Dardos de aço, que ideia tão inteligente!

Alguns risquitos fruto do pouco cuidado mas nada de grave.

E pronto, resta dizer que esta piquena tem uma chapa de couce que em vez de ser das normais em borracha castanha é neste caso em plástico preto, não sendo nenhuma desvantagem na absorção do coice da arma, pode ser no entanto para quem tiver o mau hábito de encostar a arma à parede.
Vamos então aos grupos que fiz, uns de mira aberta a 10m e os mais distantes a 18m com mira telescópica, pois só assim consigo perceber o que vale a arma, é que de mira aberta dificilmente aponto exatamente para o mesmo ponto, curiosamente acabei por fazer um excelente grupo na distância mais longa com uns chumbos menos bons, já que não sou grande atirador de mira aberta ao menos sempre me posso desculpar com o chumbo, confesso que não fiz testes exaustivos mas deu para perceber que gostou dos RWS Superdome bem como o JSB RS e para finalizar os Gamo Hunter também são bons para fazer plinking já os Gamo Match e o RWS Diabolo Basic não servem para nada, nem para atirar a caricas, saliento no entanto que todos os grupos foram feitos com a arma apoiada num saco de arroz.
Daqui a uns dias voltarei a fazer testes com mais chumbos que aqui vou postar para atualizar.

Grupos já depois de mexida
10 tiros a 18metros com o RWS Superdome


5 tiros apoiados com o JSB RS

Vamos lá experimentar chumbos baratos, como já disparou dardos de aço também não serão chumbos beras que vão fazer mossa ao cano.
10 tiros também nos dois alvos seguintes


Aqui nem sei quantos balázios "amandei" mas deu para perceber que plinking é com estes, esta também será a única arma com que o farei ou melhor, faremos.

Já me ia esquecendo, para já os únicos chumbos que foram passados no Chrony foram os JSB Exact e RS, os Exact antes do corte na mola que deu sensivelmente a mesma velocidade que o RS depois do corte ou seja 180 m/s, neste momento contas feitas à potencia atual com o RS são 7,6J.

Em jeito de conclusão devo dizer que apesar do mau gatilho não estou nada arrependido com a compra, até porque acho que consigo fazer ali um belo Tuning vai é ser uma coisa profunda mas que me vai dar muito prazer isso vai, vamos ver agora a opinião da nova dona da arma, assim que houver veredito venho aqui atualizar.

Bons balázios e espero que tenham gostado do post mesmo não sendo sobre nenhum must das springers.



*
Upgrade 30/08/17

Ainda nem um dia passou desde que escrevi este texto é já tenho de rever o que disse mais a cima.
A estupidez humana é uma coisa impressionante, tudo bem que o gatilho estava super pesado mas a minha estupidez também me pesa neste momento.
Não é que tenha sido tempo perdido o trabalho que tive no gatilho mas hoje já tive de o abrir novamente e olhar para aquilo com olhos de ver e com uma coisa tão simples transformei a porcaria de um gatilho que não prestava para nada numa coisa bastante aceitável.
Pronto, agora está impecável para ser usado por uma criança, tem um primeiro estágio algo longo é certo mas o segundo estágio não está longo e o peso embora não seja igual ao da HW50 não se pode dizer que esteja pesado, nem nada que se pareça.
Pronto, os gajos lá na fábrica que deixaram aquilo assim foram estúpidos mas eu também não estava a ser menos estúpido.

12/09/17
E pronto, depois de abrir para afinar as molas e polir todos os contactos foi agora a vez de fazer uma coisa que nunca até hoje tinha feito o que levou a que um gatilho péssimo se tivesse transformado num bom gatilho embora não excelente, para ser sincéro já estava bastante aceitável mas a tecla tal como nas HW50S estava muito afastada do pistol grip até mesmo para um adulto quanto mais para as crianças. Meti mãos à obra e fiz uma tecla de alumínio mais recuada o que facilita muito mais o alcance desta pelo dedo indicador e esteticamente também penso que melhorou bastante assemelhando-se visualmente neste momento a um Record.
Aqui ficam mais umas pics com o resultado final.


Primeiro corte do alumínio 


A tecla já acabada depois de muito ensaiada

Aqui já montada no mecanismo

E agora montada na arma onde se pode ver o recuou consideravel melhorando também esteticamente.



15/09/17

Ora aqui vai nova atualização, talvez comece a ser maçadora para que não tem grande interesse na arma mas para quem tem uma ou está a pensar comprar uma penso que quanto mais informação melhor.
Depois de fazer quase tudo o que era possível para melhorar a arma decidi experimentar chumbos, só não fiquei completamente surpreendido porque já tinha feito uns testes e já tinha percebido que até gosta de chumbos que não são propriamente da melhor qualidade.
Saliento, que na medição dos grupos não usei o método normal CTC (centro a centro), também neste caso tal como em outros, os grupos foram medidos desde a periferia dos furos mais distantes.  
Devo dizer que estes alvos são reaproveitados, apenas levaram um autocolante da Gamo ao centro a cobrir furos já existentes, melhor que reciclar é reaproveitar.  

Para começar, os chumbos match


Parece não haver grandes dúvidas quanto ao match preferido

Pena o papel ter rasgado




Chumbos round nose

Já sabia que ela gostava deste chumbo, se excluir o flayer é o melhor grupo 
deste teste, só que os flayers fazem parte e acabam por mostrar a realidade


Bom grupo também

Este de facto o melhor



Bom também

Outro bom






Novo Upgrade

Comparativo a 50m com a HW30s do meu amigo pirata do blog Piratices
Obviamente que estas armas não foram projetadas para atirar a estas distâncias mas no final acabámos por ter surpresas com a HW30s a fazer um grupo de 28mm com o JSB RS e a HW30 MK2 a fazer um grupo de 32mm com o H&N FTT 4,51.
Aqui fica também demonstrado que um chumbo que agrupe bem a 20m não quer dizer que também o faça a longa distância, refiro-me ao Gamo Hunter.