quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Pistola SPA CP1-M


Finalmente uma pistola, não é a primeira, já há uns dez anos comprei uma Gamo P23 também ela de Co2 mas era uma arma que disparava BBs (projeteis esfericos) logo, sem estrias no cano e ainda por cima este era curto quando comparado com o desta CP-1M. Sempre atirei mal com pistola, mesmo na tropa com as de fogo e acabei por vende-la para ajudar na compra da Cometa Fusion.
Como disse nunca me lembro de ter atirado bem com pistola, não é que eu seja artista com carabina mas com pistola sou ou era mesmo muito mau, muito mau mesmo, digo era não por ter passado a ser um John Wayne mas a partir do momento em que me apercebi onde estava o erro (movimento ao premir o gatilho) com as armas curtas parece que melhorei alguma coisa, pelo menos tenho mais atenção a puxar o gatilho e os resultados refletem-se nos alvos.

Bem mas este post não é para falar de como atiro ou deixo de atirar com pistola, este post é para fazer um reveiw à SPA CP1-M, então cá vai.

Em primeiro lugar devo dizer que se pensarem em adquirir uma arma destas esqueçam o manual, não é que faça muita falta porque a arma é bastante intuitiva mas dava jeito pelo menos para explicar como se municía e se regula a alça de mira em deriva pois esta tem dois parafusos, um de cada lado da regulação e é preciso puxar um bocadito pelos neurónios para regular a arma como se exige. Esta arma até pode parecer uma PCP mas infelizmente é apenas de Co2, o cilindro por baixo do cano mais não é do que um tubo para albergar botija de 12g de Co2. Optei pelo calibre 4,5 (.177) porque sinceramente ainda não me habituei à ideia de calibres com curvas balísticas mais acentuadas, depois optei pelo modelo M (magazine) por achar ser mais funcional mas o certo é que usar esta arma em modo mono shot (adicionar a peça para tal) até é bem fácil e prático, como tal pouco usei ainda o carregador, carregador que é em tudo idêntico ao que as carabinas PCP da marca sueca FX usam, não só pelo formato mas também pela forma de carregar, ou seja, roda-se a tampa transparente no sentido anti horário (não se estranhe a pequena resistência de uma mola no interior) e coloca-se o primeiro chumbo do lado contrario, no orifício de saída, seguidamente colocam-se os restantes sete chumbos do lado da tampa transparente rodando no sentido horário.

Esta arma pesa 920g segundo a marca, não é muito quando se atira com as duas mãos mas se empunharmos a arma com uma mão apenas a coisa já muda de figura ou então continua a ser a minha falta de jeito com armas curtas que dificulta a coisa, a juntar ao peso da arma teremos de adicionar os 44g que é o peso da botija de Co2.
Assim que coloquei a botija tive logo uma agradável surpresa, não é preciso enroscar a tampa do reservatório muito rápido para que não se perca o precioso gáz propulsor, pode-se enroscar a tampa normalmente e nem é também preciso apertar muito para que se obtenha uma boa vedação.
Com a arma pronta a atirar, apontei a um alvo de 14X14 a cerca de 5m e... ui, não acertei no alvo, não acertei mas também não fiquei decepcionado com o gatilho que não sendo um Record também não é nenhum Gamo, digamos que tem um primeiro estágio longo mas sem muito atrito, o peso deve mesmo ter a ver com alguma mola, sinceramente desconheço por completo o sistema do gatilho desta arma. Bem mas como o tiro saiu demasiado alto toca a baixar a alça de mira e aqui está o primeiro ponto negativo desta arma e até agora a meu ver o único ponto negativo, a alsa de mira, estava quase na sua posição mais baixa ou seja mesmo a 10m o tiro sai sempre muito alto e para fazer centro tenho de apontar para o limite inferior do alvo, a lamina com a ranhura da alça até roda um pouco para trás o que permite baixar o tiro mesmo assim é insuficiente o que me obrigou a inventar para levantar a massa de mira e desta forma ser possível fazer centro apontando normalmente, para isso tive de construir um calço em PVC e colocar entre o cano e a massa de mira.

A coronha desta arma, é em madeira e está longe de ser uma referência em ergonomia mas está ainda mais longe de se poder dizer que se agarra mal, o diamantado desta confere algum grip adicional o que ajuda na empunhadura da arma. A oxidação, não me parece ser das melhores embora também não se possa considerar de má qualidade mas numa arma de 100€ não se pode exigir melhor, eu é que estou um bocado mal habituado.
A marca anuncia 40 tiros como autonomia da botija o certo é que a partir do 35° a velocidade começa a descer claramente e não se pode dizer que estivesse frio no dia deste review, estavam 22°C, acredito que num dia de muito calor a velocidade comece a cair um pouco depois, não acredito é nos 40 tiros. Comparei também duas botijas de marcas diferentes, a primeira da Crosman e a segunda da ASG, contudo os resultados foram idênticos, estamos a falar de uma arma de Co2 a fazer 6j com o chumbo de referência, o JSB Exact 8,44gr quase tanto como uma carabina para papel a 10m, na embalagem a marca anuncia uma potencia de 8J.

Neste teste cronografei a arma com 3 diferentes marcas de chumbos e com 4 modelos, da JSB o Exact e o RS, da Crosman o Domed e da RWS o Diabolo Basic e cinco, foram os disparos que fiz com cada projétil, a velocidade média de cada um foi: com o Exact 148.7 m/s e 1.5 m/s de Avarage, com o RS 155.9 m/s e 1.8 m/s, com o Diabolo Basic 158.6 m/s e 3.2 m/s e finalmente com o Domed 155.2 m/s e 2.5 m/s, nos alvos excluí o JSB RS nos grupos dos tiros apoiados apoiados e atirei de pé com aquele que se revelou o mais preciso tal como é referido no site da Mundilar, a loja onde adquiri a arma e onde se faz referencia aos projeteis Checos como sendo os que melhores resultados produzem.
Passemos à fotos.




Bancada de ensaio




Grande plano da arma

Grupos a 10m apoiada



 Grupo a 10m de pé a segurar com as duas mãos

 A arma como vem na Embalagem

 Nesta foto é possível ver o calço que adicionei na massa de mira