segunda-feira, 10 de junho de 2019

BSA Bucaneer VS Air Arms S510

Ao ler o título deste post a maioria deve estar a dizer lá para os seus botões que se calhar nem vale a pena ler porque o resultado será óbvio.
Teriam razão eventualmente se eu estivesse a comparar springers como por exemplo uma Gamo CFR com uma AA TX200 mas neste caso a minha teoria sobre as PCP com cano BSA parece ter saído uma vez  mais reforçada. Para começar devo desde já alertar para o facto de que esta Bucaneer está regulada com um regulador Huma o que acaba por vir dar algum equilíbrio de forças ao comparativo é que a S510 Ultimate Sporter também já vem regulada de fábrica.
Ambas as armas são originárias da terra de Sua Majestade e ambas em calibre 5.5 ou .22 como preferirem, o chumbo preferido da BSA é o JSB Jumbo Express ao passo que o da AA é o JSB Jumbo Heavy relativamente mais pesado, é certo que a AA até gostou do Crossman Premier com peso muito idêntico ao Express mas os melhores grupos que esta S510 fez foi com o Jumbo Heavy da JSB, obviamente que pode ter a ver com lotes ou com a potência o que não me parece neste caso concreto já que a diferenca de uma para a outra são apenas de 2j a mais na AA com os chumbos do teste.
Embora eu seja fã das Springer, já atirei com muitas PCP, entre elas algumas Gamo Coyote com cano BSA e para ser franco, nunca me dececionaram ou melhor, sempre me surpreenderam por terem uma excelente relação custo/qualidade, conseguindo resultados idênticos a armas do dobro do preço.
Esta mesma Bucaneer já uma vez deixou corada de vergonha uma Criket também em 5.5 e Gamo(s) Coyote também já atirei e vi atirar e os resultados foram de excelência.
Não sei se é nas PCP que os canos BSA são muito bons ou se é nas springer que a engenharia precisa de subir ainda uns degraus, uma coisa é certa, se algum dia tiver uma PCP será uma BSA ou uma Gamo, o meu conhecimento empírico sobre este tjpo de armas leva-me a pensar que não preciso de gastar muito dinheiro para se obter bons resultados com com uma PCP. Depois deste teste só fico na dúvida se mesmo neste tipo de armas vale mesmo a pena o calibre 5.5 já que aqui ficou demonstrado que mesmo com potências de 32J na BSA e 34J na AA o chumbo pesado provoca curvas de projetil bastante acentuadas, claro que a distâncias próximas dos 100m como aquela a que foi feito este comparativo o facto torna-se ainda mais evidente, por isso nada como levar as coisas ao extremo para tirar conclusões.
São testes destes que para mim começam a deitar por terra a teoria de que para caça com PCP o calibre 5.5 leva vantagem sobre o 4.5, é claro e seria estúpido da minha parte se eu não aceitasse as leis da física que nos mostram a todos que projéteis mais pesados perdem menos energia durante o voo e produzem maior impacto no alvo mas também é precisamente a Física que me demonstra a lei da gravidade, o que me leva a querer que quanto mais pesado for o projétil maior será a compensação a dar com o aumento da distância/curva balistica, se por um lado projéteis pesados desviam menos com vento devido à maior retenção de energia, também não é menos verdade que provoca uma curva balística mais acentuada.
Admito que por eu praticar Field Target o vento não seja o que mais preocupações me dá mas também desenganem-se aqueles que pensam que o atirador de FT sabe sempre como compensar o vento, nenhum atirador do mundo o sabe a 100%, muito menos eu com tanto ainda para aprender, ainda assim prefiro ter dúvidas apenas em relação ao fator vento do que com este e com a curva do projétil.
Em países como Inglaterra caçam-se coelhos e corvos com apenas 16J, animais que penso serem os maiores que são possíveis caçar com este tipo de armas e com estes calibres independentemente da energia da arma, claro que caçam a distâncias que não vão para além dos 40m porque o fazem por forma a produzir abates limpos sem sofrimento para os animais, por isso atiram à cabeça como tal para caçar estes animais e com este tipo de armas a 50/60m parece-me ser a distância limite a menos que apenas se pretenda apenas abater o animal e não o comer, o que considero uma estupidez de todo o tamanho, excetuando o controle de pragas claro está.
Mas isto é uma discussão à parte que apenas se põe em países onde se pode caçar com ar comprimido e com qualquer potência como é o caso dos EUA.
Vamos então às fotos que é o que o pessoal gosta e pode levar a tirar as suas próprias conclusões.

A Air Arms S510
Lá bem ao fundo a casa da máquina do poço.

A BSA Bucaneer

A seta vermelha indica o bastidor em cima da casa da maquina a 95m

Estas foram as condições climatéricas deste comparativo

Foi desta forma que os alvos foram colocados no bastidor
atiramos com 12X e apontámos diretamente às pintas vermelhas
sem qualquer tipo de compensação de vento.
nos primeiros grupos das pintas de cima estava um pouco menos
de vento e por isso todos os tiros acertaram próximo das pintas vermelhas.
Na linha de baixo existe um flayer que nenhum de nós sabe quem o fêz, 
nesta linha também se corrigiram uns clicks para cima na S510.


domingo, 14 de abril de 2019

segunda-feira, 11 de março de 2019

O meu primeiro, primeiro lugar

Pois é, foi esta a minha primeira vez em primeiro nos balázios.
É certo que não foi na categoria em que normalmente participo (Springer), não tinha a TX nem a mira minimamente em condições mas não quis deixar de participar na prova organizada pelo meu anterior clube com pessoal do best, também não queria estar muito tempo sem fazer uma prova ainda para mais sendo uma prova a contar para o campeonato e como há muito que andava para ver o que poderia valer a minha querida HW50 com uma mira de baixo custo lá me decidi, ou melhor, lá me convenceram no último dia de inscrições
Foi uma decisão tomada em cima do joelho, no último dia das inscrições como já disse. A 50 estava em condições mas a Hawke Varmint 6-24x44 SF nem por isso e no sábado de manhã, dia anterio à primeira prova do campeonato lá fui um bocado à pressa fazer a curva por clicks, o paralaxe ainda estava na roda desde o ano passado quando pensei pela primeira vez usar a 50 no open de Sousel o que à última da hora acabou por não acontecer. Quando comecei a fazer a curva vi que não tinha clicks para dar a partir dos 40m (maldito drop barrel das HW50) mas também não tinha tempo para perder a calçar a mira, como tal tinha de fazer os últimos 10m por dots como habitualmente faço com esta mira, o paralaxe na máxima magnitude também só se consegue fazer apartir dos 13m logo, os primeiros 3m teria de recorrer ao zoom ou seja tinha de esmifrar bem a Varmint para conseguir fazer alguma coisa de jeito, a juntar a tudo isto, não tinha também o hamster porque estava emprestado ao Marcos e tive de improvisar um feito de esferovite azul e fita cola, mas se esta mira já me tinha dado 12 acertos em 40 alvos quando nem roda tinha, quando nunca tinha sequer sentado o cú numa almofada de FT e nem as regras sabia, não seria agora que não havia de fazer pelo menos 20 acertos e deixar de passar um belo dia com o pessoal.
Pronto, lá fui eu, no dia 24 do mês passado fazer uma prova no Cano Articulado com a minha cinquentinha, fiz 26 acertos o que não me deixou nem muito agradado nem desiludido, chegou para fazer primeiro lugar pela primeira vez desde que ando nisto dos tiros.
Para finalizar tenho de dizer que no Cano Articulado a concorrência não é propriamente a mesma que há na classe Soringer, seja em quantidade ou qualidade, há muito menos participantes e com menos experiência  mas como eu tenho aqui dito muita vez, este blog é uma espécie de diário onde vou escrevendo o meu percurso pelo tiro e um primeiro lugar é sempre um primeiro lugar apesar deste não me deixar particularmente feliz, não deixa no entanto de ser um facto que mereça aqui ser assinalado.
Já agora, os três primeiros lugares foram ocupados por três HW50 o que só me vem dar razão ao adorar esta arma, já agora também houve springers a fazer menos acertos que as cinquentinhas que roeramm os calcanhares as outras.







segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Psicologia Desportiva

Este fim de semana cá o je fez uma coisa que há muito andava para fazer, um workshop de psicologia desportiva, sempre achei que a psicologia bem como a nutrição e aspetos relacionados com treino físico, são negligenciados em muitos desportos em que a força e o movimento tem menos expressão mas quando se pretendem resultados de bom nível nenhum destes aspeto pode ser descurado como tal, lá fui aprender mais um bocadinho.
A Iniciativa foi promovida pela Associação Regional de Tiro do Sul que decorreu no pavilhão gimnodesportivo do Miratejo no concelho do Seixal e foi ministrada pela Confederação do Desporto de Portugal através Drª Inês Vigário, Psicóloga na área desportiva.
A formação foi sobretudo orientada para a vertente do tiro a 10m com carabina.
Não é que hajam diferenças substanciais a nível psicológico entre atletas desta modalidade e da que pratico, o Field Target mas existem certos aspetos que são diferentes no momento de apertar o gatilho os pensamentos que assaltam uns e outros em função da vertente têm preocupações especificas em cada uma das modalidades.
Não se pense com isto que estou a querer dizer que não valeu a pena, é precisamente o contrário, este fim de semana ganhei uma série de ferramentas que me vão tornar de certeza melhor atirador, não de forma dramática, certamente que não é que não deixarei de errar alvos mas ganhei como disse, mas ganhei algumas competências que me podem resguardar de certas dúvidas e angústias  negativas que por vezes assaltam atletas de todas as modalidades algumas delas mais específicas da malta do tiro, seja com carabina, com pistola ou até mesmo com arco.
Esta formação acabou por dar sustento à minha tese de que tal como na vida também no desporto o indivíduo é o fator determinante no sucesso da atividade que desempenha, seja pelas vias fisiológica, psicológica, nutritiva, técnica, estratégica e muitas outras, nós somos em grande parte os donos do nosso destino e dos nossos pensamentos, é claro que o equipamento afeta bastante o desempenho mas o fator principal somos nós.
Pensar que fazemos tudo o que sabemos e está ao nosso alcance para que se chegue ao sucesso é meio caminho andado, depois há que saber conviver com estados físicos e ambientais por forma a afastar os monstros com positivismo, coisas que assaltam a cabeça a muita gente, seja no desporto ou na vida.
Com esta conversa toda ninguém se convença de que me tornei uma fortaleza psicológica, algumas ferramentas estão dadas ou seja, foi-me dada uma cana, fio e um carreto, agora depende de mim conseguir por o peixe na mesa.
Muitos atletas por esse mundo fora nas mais variadas modalidades têm acompanhamento psicológico durante boa parte da carreira desportiva, principalmente nos períodos de mais stress desportivo com o aproximar dos grande eventos não significando que sejam paranóicos, estes dois dias serviram apenas para nos dar algumas orientações para que atletas e treinadores tenham algumas noções de como ultrapassar algumas barreiras psicológicas e também para dar alguns créditos junto do IPDJ a quem é ou pensa vir a ser treinador.
Não sendo eu atleta de topo, não significa que não dê ênfase às diversas formas de potenciar os meus conhecimentos e os meus resultados desportivos, mesmo que não obtenha resultados imediatos, saber mais de certeza que não me vai fazer mal.
A informação nunca é demais e muita acaba inevitavelmente por se diluir no tempo mas cabe-nos a nós usa-la em proveito próprio para que a glória fique mais próxima, glória que não significa obrigatoriamente atingir o topo mundial, pode passar apenas pela satisfação pessoal.

Primeiro dia de conceitos teóricos com a simpática Drª Inês Vigário

Já numa das alas da carreira de tiro da Casa do Povo de Corroios

Pista de 10m

Treinador Júlio Lourenço,  Drª Inês e formandos prontos para aplicar conhecimentos adquiridos