domingo, 24 de maio de 2020

Problemas no Chrony?

Hoje vou mostrar uma boa forma de resolver um problema muito frequente nos Chrony.
Quem como eu tem estes cronografos já descobriu da pior maneira que o calcanhar de Aquiles destes aparelhos são os encaixes das palhetas de plastico que apoiam nas varetas, o plástico é demasiado duro e à medida que se vai utilizando acabam por partir, o pior é que não é nada fácil encontrar palhetas de reposição, como tal o melhor é meter umas "home made" mais fiáveis, mais baratas, mais rápido e divertidas de conseguir.
Vou então explicar o DIY.

Material:
Apenas um bocado de PVC

Ferramentas: 
Serrote
Paquimetro
Régua 
Esquadro
Lápis
Berbequim
Pistola de ar quente / maçarico / fogão 
Broca de 4mm
Tinta branca

Então cá vai, comecei por cortar um bocado de PVC com 36 cms, neste caso era um bocado de caleira, se fosse tubo teria de fazer um corte longitudinal por forma a que fosse possível  abrir, depois com uma pistola de ar quente aqueci o PVC até ficar bem maleável, de seguida coloquei-lhe em cima uma madeira plana e pesada até que o PVC arrefecesse. Como tinha 18 cms de largura tive de cortar ao meio e ficaram feitas as duas palhetas, depois fiz dois furos de 4mm a 2 cm de distância das extremidades em cada uma das peças, tive também de fazer um chanfre no topo das varetas para facilitar a entrada destas nos furos, por fim pintei com spray branco e "voilá".
Claro que tive de dar acabamento de lixa em todas as arestas das palhetas mas isso já é um pormenor que não ia ter influência no que se pretende que o aparelho faça.
Para terminar tenho de dizer que a ideia não nasceu na cabeça do Bullit mas sim na do seu irmão, começou por querer comprar um acrílico mas como por esta altura o acrílico deve estar ao preço do ouro, resolvi improvisar.
Ainda não testei mas assim que tiver um outro cronógrafo para comparar vou evidentemente fazê-lo e só espero não ter nenhuma surpresa.





quarta-feira, 20 de maio de 2020

4.5 vs 5.5, qual comprar?

O que eu vou escrever a seguir não é mais do que a minha opinião pessoal partilhada claro está, por muitos outros atiradores, isto que fique bem claro e vou a referir-me não só a springers mas também a PCPs com a potência máxima permitida em Portugal, 24 Joules.
Muita gente olha para as armas de ar comprimido como algo que deve ter muita potência, com capacidade destrutiva e penetrante mas 24J não permitem obviamente nem uma coisa nem outra quando comparados com as potências nos mesmos calibres em armas de fogo que penso eu, seja o que está presente na cabeça de muitos proprietarios de armas de ar comprimido.
Ainda que em Portugal a potência fosse livre, o máximo que seria possível obter no calibre maior seriam sencivelmente 50J já que a velocidade do projétil está diretamente relacionada com a forma e o peso deste. Ok, bem sei que já existem slugs  para o cal. 5.5 mas não quero entrar por aí, apenas me refiro ao projétil com o vulgar formato Diabolo que serve para ambos os calibres. Como dizia, a potência máxima a que se pode chegar com precisão são os tais 50J no calibre 5.5 e precisão é para mim o que se pretende numa arma, seja ela qual for, ora 50J em 5.5, quando comparados com armas de fogo,  nem a metade chega, se a isto juntarmos a certeza de que os cerca de 130J de uma munição .22lr já não têm grande poder de derrube ou penetração, facilmente nos perguntamos para que se quer potência no ar comprimido visto serem armas que em Portugal nem para caça são permitidas.
Bem sei e quase todos que estarão neste momento a passar os olhos por este texto sabem também, que muitos as usam para caçar, então olhemos para países como Inglaterra ou EUA onde se pode caçar com ar comprimido.
Em Inglaterra a potência está limitada a 16J e nos EUA bem como em muitos outros países a potência deste tipo de armas é livre mas então  que animais caçam nestes países com ar comprimido? Qual o porte dos animais caçados?
Pequeno porte obviamente, coelhos e lebres são os maiores, seja no Reino Unido ou nos EUA.
Neste caso a pergunta que se impõe é; serão precisos 50J para abater estes animais?
Em Inglaterra como já referi só são permitidos os tais 16J e lá, estes animais que são praga, são abatidos com relativa facilidade, embora se atire à cabeça, obviamente não os caçam a 100m, seja com que calibre for, seja 4.5 ou 5.5, quem caça com air gun em Inglaterra, fá-lo até aos 40m no máximo, ainda que tivessem os mesmos 24J possíveis em Portugal, não seriam mais 8J que iriam permitir caçar a distâncias muito maiores.
Provavelmente algums estão a pensar, este gajo deve achar que 16J não são suficientes para furar a cabeça de um coelho a 80m. 
Se estão a pensar isso, pensam muito bem porque é precisamente aí que eu quero chegar com este post, não à questão da caça, mas sim à  questão das distâncias a que um e outro calibre podem ter sucesso quando se pretende acertar num alvo, quando o atirador quer obviamente acertar mas desconhece a distância a que o alvo se encontra, por isso abordei o tema caça como exemplo lógico.
Já vimos que em Portugal não se pode caçar com estas armas, ainda que o dono da arma seja caçador, resta-nos então o tiro desportivo para quem o pratica ou o chamado Plinking (tiro informal) para a maioria dos utilizadores de armas de ar comprimido, que na sua esmgadora maioria se pratica com as convencionais armas de mola, não querendo neste post entrar em detalhes nem nos nos "porquês" posso desde já adiantar que para estas armas no calibre 4.5, 24J até são demais para a técnica que eu tenho, não é que eu seja um atirador do outro mundo mas enquanto atirador desportivo com springer, atiro muitissimo mais vezes do que o normal atirador lúdico que compra uma pressão de ar muita potente, o que equivale a dizer que em princípio, um atirador desportivo atire um bocadinho melhor do que o normal atirador lúdico.
Dependendo do peso da arma e da técnica do atirador, posso afirmar com segurança que 21/22J serão a potência máxima para uma springer 4.5 e talvez mais uns 2 ou 3 Joules para o cal. 5.5, claro que se for para acertar em bidons de 200L a 50m podem ter a potência que vos apetecer mas se a intensão é acertar a esta distância em tampas de garrafa ou até mesmo latas de refrigerante, esqueçam potências absurdas e já agora, usem projeteis decentes, projéteis que em Portugal não custam menos de 8/9/10€ cada lata de 500 peças.
Se a carteira estiver demasido cheia e pretenderem usar regularmente, então comprem uma arma PCP mais a foma de enchimento mas e então em que ficamos? Devo comprar 4.5 ou 5.5? 
Esta é na verdade a pergunta que dá o título a este post.
A essa pergunta respondo com outras.
Que tipo de tiro vão fazer?
Vão atirar para fazer grupos a distâncias conhecidas ou ou vão atirar um tiro apenas a algo que não sabem a que distância está?
Se for o primeiro caso, comprem 5.5 já que este calibre por ser mais pesado, retem mais energia e resiste melhor ao vento, como tal, depois de zerada a arma para uma determinada distância, não será preciso tanta preocupação para compensar a deriva resultante do vento. 
Já se a vossa onda é acertar em objetos espalhados  de forma aleatória, então definitivamente o calibre 4.5 é muito mas muito mais indicado já que este por ser mais leve, (cerca de metade do peso do cal. 5.5) tem uma curva balística muito menos pronunciada o que leva a maior probabilidade de acerto.
Conclusão, atirar sempre à mesma distância e mais do que 1 tiro para acertar é uma coisas, fazer 1 único tiro para acertar num alvo que não se sabe a que distância está é outra completamente diferente e seja PCP ou Springer a opção mais lógica cairá sempre no calibre mais leve, depois se é PCP ou Springer depende muito da carteira e do gosto pessoal de cada um mas não é o tipo de arma que se está aqui em causa, em causa está a velha questão de qual o melhor calibre. A resposta será sempre em função do tipo de tiro que se prete fazer, é isso que espero ter ficado claro e bem explicado. 
Bons balazios a todos, atirem vocês com 4.5 ou 5.5 mas se ainda vão comprar a arma, têm aqui a minha opinião que espero eu possa ser útil no momento da compra.



quarta-feira, 13 de maio de 2020

Scop Cam



Ficar em casa é aborrecido que se farta, como tal temos de arranjar forma de ocupar o tempo, vai daí resolvi fazer uma coisa que já há algum tempo andava pra fazer.
Não foi nada que eu tenha inventado obviamente mas como já tinha tropeçando em alguns vídeos sobre como fazer um Scop Cam e como tenho ferramenta e tempo, resolvi fazer um que não está um sonho mas serve perfeitamente para fazer umas fotos ou vídeos de vez em quando, até porque não sou grande fã das PCPs que é onde este tipo de gingarelho melhor se adapta melhor.
Ficam as fotos das ferramentas necessárias, das peças construídas com tubos de PVC e o resultado final com videozito, só não vou fazer o vídeo a explicar como se fiz o gingarelho porque não tenho grande paciência pra filmes e se forem ao YouTube certamente vão encontrar vídeos de malta mais habilidosa que eu e com resultados finais melhores que este.
Se gostaram, deixem um like e subscrevam o canal.
Tou a gozar, se gostaram "vaiam" ao YouTube para aprender a fazer, façam um melhor que este e gozem do prazer de um bricolage bem como de uns vídeos caseiros, não, não é desses, é de vídeos caseiros com balazios seus mentes depravadas.

Faltou aqui o alicate de corte com o qual fiz o espelho mas com um alicate universal
também se consegue ir cortando o vidro aos poucos

Aqui temos também uma abraçadeira

Aqui mais a capa de telefone

A capa não vai cair seguramente porque está bem aparafusada

É pá hoje até há direito a videozinho e tudo