segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Psicologia Desportiva

Este fim de semana cá o je fez uma coisa que há muito andava para fazer, um workshop de psicologia desportiva, sempre achei que a psicologia bem como a nutrição e aspetos relacionados com treino físico, são negligenciados em muitos desportos em que a força e o movimento tem menos expressão mas quando se pretendem resultados de bom nível nenhum destes aspeto pode ser descurado como tal, lá fui aprender mais um bocadinho.
A Iniciativa foi promovida pela Associação Regional de Tiro do Sul que decorreu no pavilhão gimnodesportivo do Miratejo no concelho do Seixal e foi ministrada pela Confederação do Desporto de Portugal através Drª Inês Vigário, Psicóloga na área desportiva.
A formação foi sobretudo orientada para a vertente do tiro a 10m com carabina.
Não é que hajam diferenças substanciais a nível psicológico entre atletas desta modalidade e da que pratico, o Field Target mas existem certos aspetos que são diferentes no momento de apertar o gatilho os pensamentos que assaltam uns e outros em função da vertente têm preocupações especificas em cada uma das modalidades.
Não se pense com isto que estou a querer dizer que não valeu a pena, é precisamente o contrário, este fim de semana ganhei uma série de ferramentas que me vão tornar de certeza melhor atirador, não de forma dramática, certamente que não é que não deixarei de errar alvos mas ganhei como disse, mas ganhei algumas competências que me podem resguardar de certas dúvidas e angústias  negativas que por vezes assaltam atletas de todas as modalidades algumas delas mais específicas da malta do tiro, seja com carabina, com pistola ou até mesmo com arco.
Esta formação acabou por dar sustento à minha tese de que tal como na vida também no desporto o indivíduo é o fator determinante no sucesso da atividade que desempenha, seja pelas vias fisiológica, psicológica, nutritiva, técnica, estratégica e muitas outras, nós somos em grande parte os donos do nosso destino e dos nossos pensamentos, é claro que o equipamento afeta bastante o desempenho mas o fator principal somos nós.
Pensar que fazemos tudo o que sabemos e está ao nosso alcance para que se chegue ao sucesso é meio caminho andado, depois há que saber conviver com estados físicos e ambientais por forma a afastar os monstros com positivismo, coisas que assaltam a cabeça a muita gente, seja no desporto ou na vida.
Com esta conversa toda ninguém se convença de que me tornei uma fortaleza psicológica, algumas ferramentas estão dadas ou seja, foi-me dada uma cana, fio e um carreto, agora depende de mim conseguir por o peixe na mesa.
Muitos atletas por esse mundo fora nas mais variadas modalidades têm acompanhamento psicológico durante boa parte da carreira desportiva, principalmente nos períodos de mais stress desportivo com o aproximar dos grande eventos não significando que sejam paranóicos, estes dois dias serviram apenas para nos dar algumas orientações para que atletas e treinadores tenham algumas noções de como ultrapassar algumas barreiras psicológicas e também para dar alguns créditos junto do IPDJ a quem é ou pensa vir a ser treinador.
Não sendo eu atleta de topo, não significa que não dê ênfase às diversas formas de potenciar os meus conhecimentos e os meus resultados desportivos, mesmo que não obtenha resultados imediatos, saber mais de certeza que não me vai fazer mal.
A informação nunca é demais e muita acaba inevitavelmente por se diluir no tempo mas cabe-nos a nós usa-la em proveito próprio para que a glória fique mais próxima, glória que não significa obrigatoriamente atingir o topo mundial, pode passar apenas pela satisfação pessoal.

Primeiro dia de conceitos teóricos com a simpática Drª Inês Vigário

Já numa das alas da carreira de tiro da Casa do Povo de Corroios

Pista de 10m

Treinador Júlio Lourenço,  Drª Inês e formandos prontos para aplicar conhecimentos adquiridos






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