terça-feira, 17 de novembro de 2015

Diana Panther 21 4,5

Como sabem não sou perito na matéria mas sempre que me passa pelas mãos uma arma que não conheça gosto de mandar uns balázios para depois tirar conclusões admitindo sempre que possam não estar totalmente corretas ok mas são as minhas conclusões, aquelas que segundo a minha sensibilidade e conhecimento dão para perceber.
Curiosamente e apesar de neste momento não possuir nenhuma Diana, venho aqui fazer dois posts seguidos com duas armas desta conhecidíssima marca germanica. No caso desta 21 tenho a agradecer ao amigo António que uma semana depois de a ter adquirido conheceu a minha também alemã HW 77SE e nesse mesmo dia comprou também ele uma HW77 e logo decidiu vender o novo brinquedo até então, nem uma semana passou e já estava a comprar em segunda mão uma HW100 passando a ser o segundo amigo a possuir uma destas armas mas desta vez sem se desfazer da 77. Mas deixemos a historia do António que em duas semanas passou de uma arma de iniciação para duas armas de qualidade bastante assinalável.   
Falando da Diana 21, tenho a dizer que assim que lhe pegamos, imediatamente se percebe que estamos na presença de uma arma de iniciação ao tiro, ideal para pequenos atiradores pois o seu baixo peso (não pesei mas deve rondar os 2kg), bem como a pouquíssima força necessária para bascular o cano, fazem desta piquena um verdadeiro brinquedo, a coronha construída em polímero é resistente aos pequenos riscos que por norma acontecem em coronhas de madeira logo perdoa algum descuido próprio de quem começa a dar os primeiros tiros .
A Diana 21 tem segurança automática e um gatilho de um só estágio que não sendo nada pesado ainda assim permite alguma afinação não muito diferente da que vem de fábrica mas também para esta gama não se pode exigir muita leveza sobe pena de acontecer algum disparo acidental, relembro que estamos na presença de uma arma direcionada a utilizadores com pouca ou nenhuma experiencia com armas. Assim que dei o primeiro tiro fiquei agradavelmente surpreendido com o quase nulo recuo bem como com o pouquíssimo ruído emitido, muito mas mesmo muito silenciosa, o que para tal muito contribui a sua baixa potencia 457 fps ou 140 m/s lidos por mim no Chrony com o projetil que ela mais gostou como se poderá constatar nas fotos, o chumbo é o RWS R10 também ele pertencente à Diana. A soleira de borracha é macia e com bastante grip o que me deixou também muito agradado, tal como a alça de mira que reflete bem o verde, o mesmo não posso dizer da massa de mira que pelo contrário tem dificuldade em refletir o rosa em ambiente de sombra para além de ser um pouco grossa, é verdade que com esta pequena carabina não nos podemos aventurar em tiros muito para lá dos 20/25m mas bem que a massa de mira podia ser um pouco menos volumosa.
O teste de precisão foi efetuado muito à pressa o que nada contribui para os bons resultados, por este facto peço que se dê algum desconto, eu próprio não estou muito habituado a fazer tiro de mira aberta, os disparos foram efetuados com projeteis de elevada qualidade, nomeadamente o Superdome de 0,54g e o R10 de 0,53g fabricados pela RWS, pertencentes à própria marca da arma e um dos mais senão o mais usado no ar comprimido em armas de maior potencia, o famoso JSB Exact de 0,547g,  a 18m testei o projetil que a menina mais gostava e a 10m para perceber a real precisão da arma, curioso foi o facto de com o chumbo preferido por ela não haver grande diferença nos grupos mas também achei que o grupo a 18m foi muito bom ao contrario do grupo a 10m que considero mauzinho, saliento que os tiros foram efetuados na posição de sentado com a arma apoiada num saco de arroz, surpreendeu-me contudo que não tenha gostado mesmo nada do chumbo checo, o JSB Exact 4,52.
Para concluir devo dizer que acho esta Diana 21 é uma excelente arma para quem se quer divertir no quintal em família ou para quem quer iniciar os petizes neste maravilhoso desporto que é o tiro com ar comprimido, no entanto tal como qualquer outra Diana tem para mim uma enorme desvantagem, demasiado cara para o que realmente vale, segundo o proprietário que na altura da compra estava muito por fora do que existe atualmente no mercado, pagou 180€ pela arma quando tinha a Weihrauch HW30 por apenas mais 20€ com maior precisão, um gatilho muito mas muito superior mesmo e coronha em madeira ou uma Gamo Deltamax Force por menos de metade do preço, esta ao contrario da HW30, eu já tive logo posso assegurar não ser muito inferior, isto para dar apenas dois exemplos de armas do mesmo segmento que facilmente se encontram no mercado e por isso são a meu ver compras mais sensatas devido ao seu preço mais condizente com o produto. 
 
 
 
Visão geral da arma com estética apelativa

Peço desculpa pela qualidade da foto onde se pretende mostrar marca e modelo

Tecla de gatilho muito reta e patilha de segurança de fácil acionamento

Alça de mira pouco refletora

Grupo com sete tiros (um a mais por lapso) a 18m com JSB Exact original 4,52

Grupo de seis tiros a 18m com RWS Superdome

Grupo de seis tiros a 18m com RWS R10

Grupo de seis tiros a 10m com o chumbo preferido entre os três testados o RWS R10
  

6 comentários:

  1. Mais uma boa review! Parabéns! O plástico da coronha parece de baixa qualidade. É das fotos ou é mesmo mau?

    Todas as armas de calibre 4,5 mm que experimentei gostam bastante do RWS R10. É chumbo que apresenta menor desvio padrão no Chrony, tanto com a Slavia, como com a HW35 ou com a Steyr LP-10. Vou começar a comprar apenas deste chumbo para as provas.

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  2. Ainda nunca toquei numa coronha de polímero com qualidade, por isso não tenho termo de comparação, eu pessoalmente não gosto deste tipo de material nas armas, prefiro de longe a madeira.
    Em chumbos match nunca experimentei outra marca mas também não tenho armas para este tipo de chumbos.
    Os Superdome não são maus mas já os testei em várias armas e em todas denotou uma curva balística muito acentuada.

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  3. Pessoalmente gosto muito de coronhas em polímero. É mais barato, mais leve, menos sensível aos elementos e aos maus tratos que a madeira. Claro que, estéticamente, é menos apelativo que a madeira. Acho a qualidade dos polímeros das coronhas da Gamo e da Cometa bastante boa. Talvez os meus standards sejam muito baixos, mas esta é a minha opinião.

    A maior parte do tiro que faço é com chumbos Match. Nas provas uso chumbo de qualidade tal como o H&N Match Finale, o JSB Match ou o RWS R10. Para os treinos e tiros de recreio uso o Gamo Match, em 4,5 ou 5,5 mm. Tem uma relação qualidade / preço inigualável.

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  4. Concordo com as vantagens das coronhas em polímero mas sinceramente não consigo achar piada nenhuma, acho que as vantagens não compensam a péssima estética. Até hoje nunca fiz um risco numa coronha, no dia em que fizer talvez mude de ideias.
    Deixa-me perguntar se conheces uns chumbos que são a linha branca da H&N com a marca Excite?
    Custam o mesmo que os Gamo e são calibrados e sem rebarbas logo menos agressivos para as estrias.

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  5. Da única vez que desmontei a minha HW 35 fiz-lhe logo um disco na zona do parafuso do fuste. Quando as armas têm uma coronha de madeira muito bonita e perfeita, ando sempre com medo de as usar e riscar. O polímero liberta-me destas questões.

    Já vi os Excite à venda. São ligeiramente mais caros que os da Gamo e, sinceramente, prefiro comprar produtos que não sejam alemães, sempre que possível, pois considero-os culpados pelos juros altos que a banca está a cobrar ao nosso país. Se nos estragam a ecnonomia têm que sofrer impacto negativo nas exportações. Para o meu género de tiro,a curta distância, os Gamo Match são mais que suficientes. Num dia bom, consigo por 10 tiros no mesmo buraco num alvo a 8,5 m.

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  6. Estou contigo nessa batalha contra os alemães.

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