domingo, 30 de outubro de 2022

Artemis PP750

 


Um amigo meu estava com um problema de fuga de ar na sua fusca PCP, vai daí pediu-me para dar uma vista de olhos naquilo porque já tinha desmontado e montado a arma algumas 3 vezes e não dava com a fuga.

A fusca veio, reparei a fuga e obviamente tive que experimentar a chinesinha, uma Artemis PP750 5,5 (.22), confesso que estava um bocado apreensivo e neste momento mesmo não a tendo testado da mesma forma que faria com uma arma melhor, posso dizer que fiquei com boa impressão da arma,  embora tenha detetado uns defeitos próprios da marca, que sendo chinesa e barata não se pode esperar muito melhor.

Não a medi mas tem dimensões que dão perfeitamente para meter numa mochila e levar para fazer uma passeata no campo, para que a qualquer momento que seja possível e seguro, atirar e fazer um plinking, sim, esta não é propriamente uma arma para tiros com muita precisão, entre outras coisas, não é regulada, o gatilho é pesado e o formato para empunhar também não é o melhor mas uma arma de grande precisão também não é o que se pretendia ao construir  este este modelo, esta arma é para fazer com ela o que eu acabei de dizer, meter-lhe uma mira telescópica de preferência compacta, metê-la na mochila e aí vamos nós pró campo.

Para fazer um teste rapidinho comecei por lhe montar uma Panorama 4-12×50 AO da Hawke, ok não é a mira ideal por ser um bocadinho grande para uma arma tão pequena mas era a mira que tinha desmontada e como tal, foi a que lhe meti em cima, também lhe enrosquei um coletor de pó de chumbo na ponta do cano, marca Weihrauch, não sei se já alguma vez ouviram falar. Meti-me com ela no carro e fui pró mato. Calma, com ela, a Artemis, lá fui até um descampado não muito longe de casa, levei a garrafa d'ar para encher o cilindro já que como este é pequeno, tem pouca autonomia, ainda assim dá bem para fazer dois magazines de 7 chumbos com uma curva certinha, peguei também nuns JSB Exact Jumbo um bocadinho oxidados que tenho aqui numa lata já com uns anitos e aí vamos nós. Cheguei ao local e comecei por meter uma tampa de garrafa de iogurte no chão a 25m para zerar mais ou menos a mira,  depois de +/- zerada atirei a um spiner de ferro feito pelo "je" que espetei numa árvore a 27m e de dentro do carro com a arma apoiada no braço e por sua vez apoiado na janela, lá fiz um grupinho que não me deixou nada impressionado mas também os chumbos como já disse não estavam no melhor estado e quere-me parecer que os chumbos se esfregam bastante no magazine antes de entrarem no cano, pelo menos a ver pela força e ruído que se faz na alavanca lateral para meter o chumbo no cano é a impressão com que se fica, basicamente a mesma impressão que tenho quando uso a minha Artemis CP1 com magazine igual e que faz piores grupos com o magazine do que sem este. Depois dos balázios no spiner, quis também acertar numa lata de atum e numa tampa de garrafão um pouco mais pequena que a lata mas agora a 40m, acertei ao fim de uns 3 tiros já que não sabia bem a compensação a dar, assim que a achei, mandei uns balázios nas duas coisas sem grandes problemas. Com 12X numa mira de segundo plano focal, são precisos apenas 2,5/2,75 dots para acertar a 40m num alvo com cerca de 5 cm de diâmetro o que até nem é muito mau para uma arma que faz 18j com Exact 5,5.




O tiro mais a baixo à direita foi o primeiro, depois dei uns clicks para corrigir que acabaram por ser demais, mas pronto, estava a acertar onde queria




Tanto a lata de atum como a tampa do gerrican, já tinham um tirito de 4,5 o engraçado é que na tampa de plástico ao contrário da lata, o furo de 4,5 não é muito diferente do furo de 5,5



Feitos os testes com mira telescópica, chegou a vez de fazer um teste que já há algum tempo andava "pra" fazer com um Red Dot de airsoft que meti numa Gamo de Co2 que tenho. Este é um teste que podia perfeitamente fazer no meu quintal e assim fiz, pensei eu que devido ao paralaxe bérinha de um Red Dot de airsoft, não precisaria mais do que meio quintal até começar a espetar balázios na parede. Não podia estar mais enganado e à medida que me fui afastando do alvo a zerar o Red Dot, o queixo ia-me caindo até que cheguei ao fundo do quintal de onde atirei à distância de 19m. Então não é que fiz um grupo maravilha, Como muitos sabem, estes aparelhos de pontaria na sua maioria não têm aumentos e o ponto vermelho para que seja bem visível, tem dimensões generosas, neste caso e a 19m, o ponto preenchia todo o círculo preto do alvo o que acabou por facilitar a coisa, o certo é que com um aparelho barato, que obviamente não aconselho para springers fiz um grupinho do tamanho de uma moeda de 1€ o que significa que tem um paralaxe bastante mas bastante melhor que um Red Dot da Hawke que tive há uns anos e que rapidamente despachei há malta precisamente do Airsoft, que atiram perto e a alvos bem grandes, logo, sem grande necessidade de aparelhos de pontaria muito bons.






E pronto, o teste tá feito, a impressão não foi boa nem má, antes pelo contrário, um dia ainda compro uma coisa destas mas se comprar, prefjro em 4,5 por ter uma curva mais tensa, o que para mim é melhor.

Pontos positivos: ficou bastante silenciosa, bastante mesmo, com o tal coletor de pó de chumbo, e com um simples Red Dot fica uma arma muito divertida para tiros que não são bem aqueles que mais vezes fazemos.

Quanto aos pontos negativos tenho de dizer que atendendo ao preço da arminha e ao fim para que foi criada, não há muito a dizer, apenas aponto o magazine como aspeto a rever pela marca já que a má qualidade deste, afeta não só a precisão como a percepção da qualidade com que o atirador fica.

Até um destes dias e bons balázios.


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