domingo, 21 de agosto de 2016

Mundial de Field Target 2016




Pois é, lá calhou assim, este ano o mundial foi cá neste cantinho à beira mar plantado, um cantinho pequeno mas até hoje nunca um mundial desta modalidade teve tantas participações e foram quase 400 contra as cerca de 300 do campeonato realizado na Alemanha
O campeonato teve inicio na quinta feira passada dia 18 e terminou ontem dia 20, isto para os atiradores porque para quem organiza começou muito, muito antes com toda a planificação e resolução das questões burocráticas, no terreno é que só começou mais a sério umas duas semanas antes do inicio da prova com a limpeza de mato e colocação dos alvos.
Num país onde as armas mesmo as de ar comprimido são vistas como objetos do demo que só trazem morte e desgraça ao mundo é obra bater o record de participações por isso os primeiros parabéns à organização/atletas.
Fico sempre contente de cada vez que se organiza um evento desportivo de dimensão mundial no nosso país e eu tal como todos os Portugueses fico ainda mais contente se o vencermos obviamente.
Neste caso concretamente não se pode dizer que as prestações portuguesas tenham sido negativas, a Ana Pereira conseguiu o Primeiro lugar nas na classe PCP feminina, em masculino e na mesma classe o melhor que se conseguiu foi o vigésimo quinto lugar do Luís Barreiros e em juniors o puto Santiago Costa com 12 anos conseguiu o terceiro posto, já em Springer o Bruno Silva ficou muito perto do pódio fazendo a quinta posição ficando a seleção Lusa num honroso quarto lugar.
Mas como nem tudo são rosas tenho a lamentar que a Federação Portuguesa de Tiro não tenha dado mais apoio a esta vertente do tiro desportivo, não sei se por não cheirar a pólvora ou se por um outro motivo qualquer, o certo é que é uma pena os nossos melhores atiradores que estão também no topo mundial tenham participado no seu país em clara desvantagem relativamente aos outros .
Lamento ainda que quase todo o trabalho e responsabilidade da organização de um evento desta importância tenha recaído nas costas dos nossos melhores atiradores, enquanto todos se preparavam na zona de zeragem ou descansavam nos hotéis, os nossos tugas trabalhavam até altas horas da noite para que nada faltasse a atletas, juízes, patrocinadores, segurança, etc, etc.
Obviamente que os resultados poderiam ter sido bem melhores mas neste país a única seleção que tem todas as condições para poder brilhar e pouco tem brilhado é mesmo a seleção de futebol.
Se há desportos em que é preciso muita tranquilidade, os de tiro de precisão são alguns deles, estar a atirar enquanto se pensa em toda a logística não é de certeza o mais aconselhável por isso aqui vai o meu muito obrigado á forma como representaram Portugal, não apenas pelos resultados que alcançaram perante tamanha adversidade mas principalmente pela magnifica organização do evento.
Não tenho a mínima dúvida de que muito melhor se teria conseguido se por exemplo o vice campeão nacional não tivesse na última manhã de prova abdicado de atirar para coordenar os elementos da Federação de tiro e desta forma não se voltassem a repetir atrasos como se repetiram em dias anteriores ou se como disse anteriormente todos os nossos atiradores e ainda foram muitos os que gastaram bastante energia e horas de descanso para que tudo tivesse corrido muito bem tal como correu.
Por certo não era o texto que queria aqui escrever mas doe-me ver a forma como outras modalidades são tratadas por parte do estado comparativamente ao  futebol onde para um Europeu se construíram estádios a mais que custaram muitos milhões de euros que hoje estão às moscas e que mais dia menos dia terão de se demolir alguns deles.
Falta de bons atletas não temos, temos é falta de políticos competentes que não se ponham só em bicos dos pés nas modalidades mais mediáticas.
Para terminar tenho de dizer que esta não foi definitivamente a fraca reportagem que fiz do evento, essa virá daqui a uns dias com muitas fotos.
Abraços.      

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