segunda-feira, 6 de março de 2017

História da Whiscombe

Agora que que já contei a história da maior marca mundial de armas de ar comprimido e que tal se contasse a história daquela que eu saiba é a menor marca mundialmente conhecida? Por ser uma marca praticamente desconhecida aproveito e falo também das características das suas armas.
Nem todos conhecem, tenho a certeza que, também não é para menos, só  quatrocentas e poucas é que se fabricaram perdão, construiram, estas preciosidades foram todas construidas à mão numa garagem onde apenas cabe um carro, digo foram porque já não se fazem mais, o seu construtor John Wisconbe já arrumou as botas e agora vive dos rendimentos.
A Whiscombe nasceu no UK em Thatcham e produziram-se entre 1987 e 2007 sendo que as útimas encomendas se fizeram até 2003 ano em que a pagina oficial da marca deixou de ser atualizada, pensa-se que só nos EUA estejam cerca de 280 armas.
O nome da marca vem do nome do construtor, John Whiscombe daí os modelos começarem pelas iniciais JW seguidos de números, números esses que nos dizem a distância em milimetros que os dois pistões têm de afastamento quando arma se encontra pronta para o dispáro, quanto mais afastados maior é a camara de ar entre eles o que dá maior potencia às armas.
Estas armas têm dois pistões mas não façam confusão com o sistema GISS da Diana, neste caso os pistões movem-se precisamente de forma oposta aos da Diana, enquato os da marca germânica se afastam um do outro anulando dessa forma o recuo, neste caso concreto quando a arma é disparada eles juntam-se como duas mãos a bater palmas e por isso se uma destas armas for disparada a seco já era, os pistões colidem um com o outro por não existir uma almofada de ar que evite o choque. Se por um lado não se podem disparar estas armas a seco também não se podem carregar antes de armar o que provocaria vacuo entre os embolos, digamos que estes Rolls Royces das armas de ar comprimido terão de ser operados conforme as especificações do construtor e apenas dessa forma.
As Whiscombe são conhecidas por serem springers com recuo e precisão ao nível das PCP, a panóplia tecnológica é tal que ao adquirir uma destas maravilhas é como se se estivesse a adquirir várias armas de diversos calibres e diversas potencias, no Kit vêm com canos intercambiaveis em calibres .177, .20, .22 e .25 que não são nem mais nem menos, do que canos Anschutz premium, junto com os canos vêm também as ponteiras que servem para calibrar o efeito harmónio dos canos o sistema HOTS ( Harmonic Optimized Tuning System), como se não bastasse, o kit é também composto por Transfer ports de vários diâmetros para que seja possível regular a potencia pretendida, a ausência do transfer port dá à arma a sua máxima potencia.
Algumas Whiscombe têm também outra particularidade, ao mesmo tempo que são underlever (alavanva por baixo da arma), são também brack barrel (cano articulado) e atuadas como as Pump ou seja, têm uma alavanca inferior que nos dois modelos mais potentes terá de ser acionada três vezes (mais uma que nos modelos menos potentes) para que arma fique armada, (menos acionamentos não confere menos potencia, simplesmente os pistões não fazem o curso total o que as impede de armar o gatilho que também tem total afinação) o cano é basculado apenas para municiar a arma.  
Os modelos conhecidos são os JW50 - JW55 - JW65 - JW75 e JW80, podem haver mais mas que eu não encontrei nas informações que encontrei sobre a marca, sei apenas que o modelo JW80, o mais potente consegue dispáros com uma energia de quase 43 joules embora no momento em que são exportadas estejam com apenas 12joules para efeitos legais no Reini Unido.
A marca é muito pequena e com uma história curta mas já me fartei de escrever, tantas são as características da marca.
Quem está a ler já se deve ter perguntado não sei quantas vezes quanto custa uma beleza desta. Então cá vai, os preços variavam, cada arma era construída apenas por uma pessoa, digamos que se trata de uma peça artesanal, logo nem todas tinham o mesmo tempo de produção levando a que os preços variassem entre as 2300 e 3000£, variavam também em função da madeira da coronha e do seu grain. hoje e porque estão descontinuadas valem aquilo que se estiver disposto a largar.
Vamos então para as fotos que não são poucas.


John Whiscombe



Desenho do mecanismo



Um monte delas só pra meter nojo








Até parece que está escangalhada




Uma JW75 com os seus 4 canos

JW75

Troca do transfer port

Os vários transfer ports

As ponteiras do sistema HOTS


Mais um mod.75 

2 comentários:

  1. Previsivelmente não conhecia esta marca. Sempre a aprender coisas novas aqui no Balázios.

    E para quando a história da FX?

    Abraço.

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  2. Pois, eu também só conheci a marca há pouco tempo mas fiquei maravilhado, pensava eu que os ingleses só sabiam aprimorar as boas armas alemãs...

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