Falar do Covid este ano parece-me um assunto incontornável, obviamente que um marco na história da civilização moderna não pode deixar de ser aqui referido, até porque daqui a uns anos espero reler este e os outros posts.
Segunda prova em Quiaios três meses depois e já com regras Covid. Infelizmente tinha treinado bastante porque tempo foi coisa que não me faltou como a tanta e tanta gente por esse país e mundo fora mas duas semanas antes da prova parte-se o guia de mola e na semana antes avaria a mira, resultado, vou para a prova com uma curva mais ou menos, as distâncias que a mira me dava eram para mim tão credíveis como o Pinóquio e a cabeça a fazer tilt cada vez que tinha de puxar o gatilho, resultado, 29 acertos e 9° lugar a nem sei a quantos do primeiro, como se não bastasse, no regresso a casa apanho uma multa por excesso de velocidade.
Terceira prova, Sousel, a única vez que me correu bem foi a primeira vez em que lá atirei ou seja, quando experimentei a modalidade, ainda nem contava pra nada, como se não bastasse no dia antes dou um jeito às costas. Mal me conseguia mexer mas meti uns comprimidos para as dores e no dia seguinte pela manhã lá me fiz à estrada na esperança de que os medicamentos me deixassem fazer a prova. Chego a Sousel e as dores quando pegava na arma lá estavam, tentei fazer a zeragem mas não consegui, foi então que comuniquei ao árbitro que não ia atirar, ao ouvir-me dizer isto o Barreiros levou-me a um elemento do Staff que me ajudou a fazer uns alongamentos lombares, o certo é que as dores mais fortes desapareceram o que me permitiu ir a jogo, o Pedro coitado, lá teve de me segurar na arma para eu me levantar durante toda a prova, um grande obrigado ao Pedro e ao Albano que me tirou as dores nas costas. A prova não estava a ser das piores que fazia em Sousel mas também não estava a ser das melhores que fizera no campeonato até à data, afinal de contas estava a atirar em Sousel, um dos locais mais difíceis do nosso campeonato, como se não bastasse no início da prova o Luís Barreiros ainda disse que tinha montado uma prova ao nível das provas de europeu e mundial. Terminei com apenas 31 acertos, não fiquei contente nem descontente mas foi uma grande surpresa para mim o 3°lugar a 6 do vencedor. Talvez as baixas expectativas que tinha para esta prova me tenha tirado pressão e me tenha deixado tranquilo em relação ao baixo número de acertos que estava a fazer, Já agora tenho de acrescentar que o vencedor desta prova venceu também a Taça de Portugal.
Chegada a semana da quarta e última prova deste atípico campeonato em Reveles que não me trazia boas recordações mas também não trazia más recordações, nessa semana pensei muita vez no que é que me iria acontecer antes da prova porque não há duas sem três, felizmente nada de anormal se passou. Na tabela classificativa eu estava em 4° lugar, mesmo à frente de um peso pesado do campeonato português, o plano passava por fazer uma boa prova para defender a excelente posição mas com a consciência de que a experiência competitiva iria pesar para todos para uns negativamente e para outros positivamente, a experiência ou a falta dela obviamente é sempre determinante. Como após a terceira prova os atiradores são emparelhados segundo o ranking lá estava eu mais o Guerra na porta 2 para fazer os primeiros 3 alvos, a coisa não começou bem para mim, a pesar do muito vento, nos primeiros 6 alvos acertei os 4 mais longe e falhei os dois mais próximos, o Guerra pelo contrário arranca a fazer 18 acertos seguidos o que a juntar a mais uns erros estúpidos que cometi podia me ter deitado a baixo psicologicamente o que felizmente não aconteceu mas escusado será dizer que ainda assim não tive a calma que devia ter em todos os momentos de apertar o gatilho.
P.S.- Esta prova teve a particularidade de ter o Luis Barreiros (o meu ídolo do FT) a atirar em Springer já que o campeonato de PCP estava no bolso desde a terceira e anterior prova, no final fez apenas😁 mais 6 acertos que eu mas com uma arma sem os habituais apêndices, coisas de top 5 mundial.